CAPÍTULO TREZE

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BÔNUS – JOHN

— ONDE ELA ESTÁ PORRA?

Passo meus olhos por cada um presente naquela sala e nenhum deles ousou encarar-me. Bando de incompetentes. Bárbara estava desaparecida e meus homens não sabiam dizer o que aconteceu com minha esposa depois de pousar em solo polonês. Leon já estava em Varsóvia à procura de Bárbara, Kate e os outros. Minha prima teve pelo menos a decência de mandar uma mensagem dizendo para onde estavam indo. Em seguida eu vim para a Calábria, onde sei que terei ajuda de Vittorio.

Quando deixei Bárbara na Espanha, parti para investigar quem estava lhe ameaçando e o ataque que recebeu. Ali vendo-a machucada vi meu mundo desabar, pois não era isso que eu queria para ela. Bárbara não merecia pertencer a esse mundo e com certeza deveria ter uma vida tranquila, mas se estar comigo significava correr risco, então o mínimo era protegê-la e não foi o que eu fiz.

Na noite em que conheci Bárbara, ela foi como uma luz na escuridão. Conversamos por horas e sobre diversos assuntos, sendo ela capaz de despertar um lado meu que estava adormecido há muito tempo, me fazendo esquecer os negócios ilegais que possuía e dando o sentimento de que um dia eu poderia ter uma vida longe de tudo isso, como almejei tanto no passado.

Na manhã seguinte quando não encontrei ela ao meu lado e nenhum bilhete, foi como se tudo não passasse de um sonho. Na verdade, eu pensei em deixá-la partir e não trazê-la para mim, mas não consegui e procurei por ela. Não foi fácil, pois parecia que Bárbara era apenas fruto da minha imaginação, já que não encontrávamos nada dela. Um dia eu vi uma mensagem no celular de Kate e quando olhei para a foto da mulher senti a esperança de poder encontrá-la novamente.

Mas essas esperanças foram por água abaixo quando descobri seu parentesco com Benício. Um grande cretino. Entretanto ele possuía alguns problemas com os russos, então eu surgi com uma proposta para ajudá-lo, claro que eu não pretendia comprá-la, apenas ofereceria minha ajuda e aos poucos iria me aproximando dela, mas Benício não pensou duas vezes em querer vendê-la. Eu como um grande filho da puta que fui, aceitei, porém preferi mantê-la na Espanha até que surgiu os negócios com Matteo Perroni. Não achei que Benício mandaria Bárbara, sabendo que ela deveria ficar em Madri por conta dos russos, então em uma conversa com o velho percebi que ele não se importava tanto assim com sua segurança, então lhe entreguei aquela merda desde que Bárbara permanecesse comigo.

Claro que não foi o certo casá-la sem seu consentimento, mas era o que poderíamos fazer. Depois disso o foco da Bratva se virou totalmente para mim, então eu fui em busca dos motivos para eles quererem Bárbara e tudo nos levou até sua mãe, Yeva. Mas não era só isso, a Bratva também vinha tentando entrar em nossos territórios e se estabelecer aqui e isso jamais vai acontecer.

Por isso tenho certeza que Dimitri está por trás do sumiço de Bárbara. E se realmente for ele, eu vou matá-lo.

— E então, caralho?

Silêncio. Acho que nunca pensei em matar todos aqui nessa sala como eu quero agora.

— Com licença, senhor. — Disse Taylor abrindo a porta. — Tem alguém aqui que gostaria de vê-lo.

Taylor deu espaço para a pessoa e rapidamente eu coloquei a mão na arma que estava no cós de minha calça. Devo admitir que o cretino tem muita coragem de aparecer aqui na minha frente.

Dimitri Petrovac possuía um sorriso arrogante em seu rosto, mas era nítido a expressão de cansaço em seus olhos. Ele vinha acompanhado por mais dois homens e logo atrás dele Vittorio, que fechou a porta assim que entrou na sala.

MAIS QUE UMA NOITE - JOHN (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora