Capítulo 14

87 20 1
                                    


Olá e desde já peço desculpas pela a demora e pelos erros, estou tendo uma crise de asma e não me sinto muito bem, mas não queria deixar sem atualização. Estamos quase no fim dessa historia e desde já aviso que ainda teremos muitas emoções rs. Boa leitura!

Wei Ying nunca sentiu tanto medo em sua vida. Por dois dias ele trabalhou na "Coral Negro" esperando que Su She aparecesse. Ao ir para casa, olhava para o telefone achando que começaria a tocar a qualquer instante. Lan Zhan pouco falava, não mencionava o que fazia durante o dia, mas Wei Ying desconfiava que ele tinha algum plano em mente. E isso só o deixava com mais medo.

Após dois dias de tortura, quando se preparava para fechar a loja, Su She apareceu.

— Que tal tomarmos aquele drinque?

Embora estivesse preparado para aquele momento, Wei Ying não pôde evitar um estremecimento. Sentiu uma pontada no estômago, porém, procurando se manter controlado, levantou os olhos para ele.

— Pensei que não viesse mais.

— Falei que estaria por perto. Gosto de dar um tempo para as pessoas pensarem.

Consciente de que tinha um papel a representar, ele terminou de fechar o caixa e trancou a loja. Virou-se para ele sério. Aquele seria uma discussão de trabalho.

— Podemos tomar a tal bebida ali. — Wei Ying apontou para um barzinho ao ar livre, de onde os turistas desfrutavam a visão das barreiras de corais.

— Para mim está bem. Você costumava ser mais simpático...

— E você costumava ser um freguês. — Ele o olhou de soslaio. — Não um sócio.

— Então, andou pensando no assunto.

— Você precisa de um mergulhador, e eu de dinheiro. — Wei Ying subiu os dois degraus que levavam ao bar, escolhendo uma cadeira de costas para o mar. Um segundo depois, viu uma pessoa se sentando numa mesa de canto. Era um dos homens de Mingjue. Forçou-se a permanecer calmo, afinal repassou dezenas de vezes com a polícia o que deveria fazer, como deveria agir. Até o garçom que os serviria era um policial disfarçado.

— Lan Huan não me contou muita coisa — ele disse, pedindo um refrigerante. — Apenas que deixava a droga e retirava o dinheiro.

— Ele era um bom mergulhador.

— Eu sou melhor.

— Foi o que me disseram. — Su She sorriu.

Uma sombra ao lado de Wei Ying o fez olhar para cima; o sangue gelou em suas veias. O homem moreno, com o rosto todo marcado, puxou uma cadeira e se sentou ao lado dele. Wei Ying sabia, mesmo antes de olhar, que ele usava uma pulseira de prata.

— Wen Wen Zhu Liu, Wei Wuxian. — Su She os apresentou. — Acho que já se conhecem.

Señor. — Wen Zhu Liu se inclinou para lhe beijar a mão.

— Diga a ele para tirar as mãos de cima de Wei Ying. — Calmamente, Lan Zhan puxou uma cadeira e se sentou. — Por que não me apresenta a seus amigos, Wei Ying? — E como ele permanecesse mudo, ele prosseguiu. — Sou Lan Zhan, parceiro de Wei Ying. Acho que conheciam meu irmão.

Lan Zhan levantou os olhos para Wen Zhu Liu. Aquele era o homem pelo qual viajara centenas de quilômetros para encontrar. A fúria cresceu dentro do peito, mas Lan Zhan se forçou a permanecer calmo. Ainda não chegou a hora.

— Seu irmão era ambicioso, porém um pouco ingênuo. — Wen Zhu Liu dirigiu-se a Lan Zhan.

Wei Ying segurou a respiração ao ver que Lan Zhan pegava algo no bolso. Retirando um maço de cigarros, ele acendeu um e ofereceu outro a Wen Zhu Liu.

Passageiro do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora