Capítulo 7

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Olá, prontos para começar a descobrir um pouco mais sobre Huan? 

Tenham uma boa leitura!

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Acapulco não era o México com o qual Wei Ying estava acostumado. Era uma cidade ultramoderna, sob a luz intensa do sol tropical. Apesar dos inúmeros restaurantes e nightclubs, Wei Ying preferia a atmosfera rustica de Cozumel.

Os paraquedas coloridos flutuavam sobre as águas azuis, após terem levado seus ocupantes a um passeio pelo céu puxados peles lanchas.

As ruas estavam repletas de turistas e Wei Ying achou que vou mais gente desde a hora em que o avião pousara em Acapulco, do que em uma semana inteira em Cozumel. Esperava ter algum tempo livre para poder conhecer as lojas de mergulho da cidade.

Lan Zhan escolheu o hotel com muito cuidado. Era caro e luxuoso como Lan Huan gostava. Ele guardou no bolso a chave da suíte e deixando as malas aos cuidados do carregador, avisou Wei Ying que iriam direto para o banco. Já levou dois dias para descobrir a qual banco a chave pertencia, e não pretendia perder mais um minuto.

Wei Ying o seguiu contrariado. Sabia que não se encontrava ali para se divertir, mas uma olhada nos quartos ou um almoço rápido não faria mal a ninguém. Porém, Lan Zhan já entrava dentro de um táxi. Após dar o endereço ao motorista, ele se recostou no banco do carro.

Podia entender porque Lan Huan veio a Acapulco, uma cidade cosmopolita, frequentada pelo jet-set, com uma movimentada vida noturna. Quando Lan Huan viajava para um lugar, com certeza era uma cidade com a atmosfera de Londres ou Nova York. Ele nunca se interessaria pelo ar bucólico e rústico de Cozumel; portanto, para ter permanecido lá precisava de um bom motivo. E, em Acapulco, Lan Zhan tinha certeza que ia descobrir o interesse do irmão por Cozumel.

Quanto a Wei Ying, teria sido envolvido peles circunstâncias antes mesmo de ele ter chegado à ilha, ou ele próprio o estaria envolvendo mais do que tinha direito? Vê-lo ali silencioso a seu lado o fez desejar poder mandar o táxi voltar para o hotel e fazer amor com ele até que ambos estivessem saciados.

Aquele não era o tipo de pessoa pelo qual Lan Zhan se sentia atraído; entretanto ele o envolveu de tal forma, que ele passava as noites acordado, desejando possuí-lo e experimentar por inteiro a paixão que demonstrava trazer dentro de si. Talvez fosse apenas vontade de exercer um certo poder sobre ele, porém, inexplicavelmente, Lan Zhan queria poder apagar a imagem de Wei Ying abraçada ao urso de pelúcia no quarto da filho.

No momento em que o táxi parou na porta do banco, Wei Ying pulou para a calçada. Nas várias lojas elegantes que haviam na rua, ele podia ver roupas maravilhosas e joias caras. Uma limusine passou por eles quase em silêncio.

— Imagino que este seja o tipo de lugar que lhe agrada — ele comentou.

Wei Ying não precisou dizer mais nada, para que Lan Zhan entendesse que ele comparava Acapulco a Cozumel.

— Sob certas circunstâncias, sim. — Pegando-o pelo braço, eles entraram no banco.

Aquele, como vários outros estabelecimentos financeiros, possuía uma aparência conservadora. Os empregados vestiam terno e gravata, e sorriam com cortesia para todos os clientes. Lan Zhan escolheu a funcionária mais atraente.

— Boa tarde — ele cumprimentou.

A moça levantou os olhos. Levou menos de um segundo para que o sorriso cortês se iluminasse.

— Sr. Lan, Buenos dias. É bom voltar a vê-lo.

Ao lado de Lan Zhan, Wei Ying ouviu a frase, contrariado.

Passageiro do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora