Eu nasci em uma terra moribunda, uma terra cuja beleza foi destruída em nome do "progresso".
Desde pequena eu vi o quão frio esse mundo é, então pra garantir a vida da única família que me restou, eu endureci, me tornei tão fria quanto o mundo em q...
- Ei, (S/n). Você está bem? - Pergunta Grace me vendo olhando fixamente para o prato com o meu café da manhã.
- S-Sim. Eu só estou... sem fome - Digo dispensando a comida.
- Tudo bem... - Diz Grace não compreendendo meu comportamento.
Eu ainda estava meio abalada pelo que houve na noite passada. Rejeitar Tsu'tey me afetou mais do que eu previa, principalmente quando eu tinha que guardar isso apenas para mim mesma.
- Escuta, Grace. Tudo bem se eu me conectar mais cedo? - Pergunto já marchando até o meu dispositivo link.
- Certo, querida. Mas tenha cuidado. Não exagere - Alerta Grace mostrando preocupação me vendo entrar na máquina...
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Quando abri meus olhos, reconheço o lugar onde deixei meu Avatar, encostada ao pé de uma árvore próxima da casa na árvore. A vista do nascer do sol me ajudou a pelo menos relaxar um pouco.
Fiquei um bom tempo aqui, apenas... pensando e encarando a paisagem de Pandora.
Mas não importa o quanto eu tentasse, eu não conseguia tirar o que houve na noite passada da minha cabeça. Eu revivia aquele momento de novo, de novo, e de novo em minha mente, imaginando o que aconteceria se eu aceitasse Tsu'tey como meu par...
Não sei quanto tempo fiquei assim, mas só pude sair dos meus pensamentos quando algo chamou a minha atenção, um estrondo.
Meus olhos vão até o horizonte onde vejo uma enorme máquina humana cercada de poeira. Essa grande escavadeira estava no território dos Omaticaya, um lugar que claramente não deveriam ter humanos, e muito menos máquinas destruindo tudo.
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- Utraya Mokri... - Sussurro ao reconhecer aquela região.
Neytiri havia me falado sobre um local muito especial para os Omaticaya, a Utraya Mokri... a árvore das vozes. Ela dizia que era o lugar onde as almas de seus antepassados descansavam junto de Eywa... um local extremamente sagrado.
Meu olhos não puderam esconder o horror de ver aquele monte de sucata destruindo esse lugar.
Com um assobio eu chamo a minha Ikran, Mìfa, que repousava pelas proximidades. Assim que ela chega eu monto em suas costas voamos em direção a enorme escavadeira...
Justamente quando a escavadeira estava a poucos metros, o fuzileiros finalmente consegue se conectar com seu Avatar. Ele acorda confuso com o que estava havendo mas logo se dá conta do desastre que estava prestes a acontecer.
- Ei! Ei! Parem! Parem! - Grita Jake sinalizando para a escavadeira para.
Por um momento isso pareceu funcionar, mas não durou muito. A máquina logo continuou a avançar esmagando tudo o que estava em seu caminho. Sem escolha, Jake agarra uma pedra e sobe na escavadeira, ele não podia deixar que eles continuassem destruindo tudo ali.
