Eu nasci em uma terra moribunda, uma terra cuja beleza foi destruída em nome do "progresso".
Desde pequena eu vi o quão frio esse mundo é, então pra garantir a vida da única família que me restou, eu endureci, me tornei tão fria quanto o mundo em q...
A segunda vez é quando você ganha seu lugar no povo... para sempre
E eu finalmente havia conseguido o meu. Diante de Eytukan e dos Omaticaya, nós completávamos o ritual final para nos tornar Omaticaya. Minha voz tinha tanto peso quanto a de qualquer outro membro do clã. Eu havia provado meu valor.
- Agora são filhos dos Omaticaya, são parte do povo - Decreta Eytukan pondo suas mãos em nossos ombros.
Jake e eu nos entreolhamos orgulhosos, mas o olhar do meu amigo foi tomado assim que Neytiri pôs as mãos em seu corpo. Fala sério, ele parecia um adolescente apaixonado.
Ironicamente, eu acabei fazendo o mesmo assim que Tsu'tey também pôs as mãos em meu corpo. Não pude deixar de sorrir ao ver seu olhar para mim.
Logo todo o povo também se juntou, simbolizando a união dos Omaticaya e a aceitação do povo para conosco.
De longe, vejo Grace nos olhar com orgulho. Quem diria que os cabeças de prego iriam tão longe...
Era uma noite de comemoração para os Omaticaya, pois eles haviam ganhado um irmão e uma irmã em que podiam confiar. A festa estava ótima, mas eu decido fugir um pouco do olhar e das investidas que alguns homens tinham para mim.
Eu fujo discretamente para os galhos mais altos da casa na árvore, onde nossos Ikrans normalmente repousavam.
- Ei, garota. Que tal um passeio? - Questiono acariciando a cabeça da Mìfa. Minha Ikran grasna feliz em me ver.
Rapidamente eu ligo nossos chicotes neurais e monto em suas costas.
Quando alcanço pleno vôo, não percebo que alguém me observava enquanto se escondia...
Eu não estava fugindo dos meus irmãos ou de ninguém povo, eu apenas... precisava pensar sozinha
As asas de Mìfa me levam até o lugar em que a minha vida mudou para sempre... curiosamente era o mesmo lugar em que a minha vida quase teve seu fim.
Ao pé de uma árvore, não parecia ser uma árvore especial, apesar de estar mais destacada das demais. Sua bioluminescência emitia uma bela luz verde azulada.
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Essa era a árvore que havia me salvado do ataque de Títerkup, o lugar onde Eywa havia salvo a minha vida.
- Boa menina - Digo descendo das costas da minha Bashee.
Ando até a árvore e toco seu tronco com meus dedos, sorrio assim que o ponto em que eu toquei brilha um pouco mais. Parecia até um déjà vu.
- Por que você me salvou? - Questiono tentando obter uma resposta de Eywa.
Conseguia facilmente me imaginar naquele momentos, encurralada e prestes a ser morta pela grande besta noturna de Pandora.
- Por que veio aqui? - Ouço o som daquela voz, seguido pelo bater de asas de um Ikran.
