ELIZABETH POV’
Aqueles olhos cinzas me observavam como se eu fosse um pedaço de carne exposta em uma vitrine, onde era digna de sua curiosidade.
Um sorriso ladinho em sua boca terminava de completar aquela sua pose de caçadora em busca de uma presa e aquilo me fazia perguntar a mim mesma o porquê de eu ser vitima desse seu olhar.
— Como você sabe o meu nome? – Pude enfim indagar e observei a brisa bagunçar um pouco o seu cabelo curto.
— Isso não importa – Sorriu e umedeceu os lábios, apontando para o espaço vazio no banco ao meu lado – Posso?
— Bem, o banco é público, não é?
Eu não queria ser grossa, mas eu queria afastá-la e evitar uma evolução para uma conversa íntima. Não me sentia bem o fazendo e não queria ultrapassar os meus limites impostos.
A mulher se sentou ao meu lado, ainda me analisando minuciosamente como se quisesse penetrar por entre minha pele e olhar até os meus ossos. Por Deus, ela estava querendo me despir com seus olhos e eu não gostava daquilo, o que me fez sentir uma quentura se localizar em minhas bochechas.
— O que você quer? – Seus olhos pareceram surpresos com a pergunta séria que escapou por minha boca.
— Ei, calma. Não precisa de forma alguma ficar na defensiva comigo, apenas quero conversar. – Sua voz era branda e por um momento eu me deixei analisá-la
Sua boca carnuda se destacava em seu rosto que mantinham os traços perfeitamente alinhados em uma sintonia incrível de se olhar. Seu cabelo curto era em um tom loiro reluzente, o que casava muito bem com seus olhos grandes em tom de cinza e tão peculiares como eu nunca vi antes.
Sua pele era extremamente branca, alva feito o próprio leite e eu me perguntava se o sol a irritava fácil, deixando-me pensar nela se escondendo do sol assim como os vampiros o fazem. Sorri presa em meus pensamentos e isso pareceu despertar ainda mais um tipo de curiosidade que ela parecia ter sobre mim.
— Me desculpe, apenas não gosto de ser interrompida no meio de minha leitura – Tentei ser gentil e ela deixou um risinho escapar.
— O que você está lendo?
— Já te disseram alguma vez que você é muito curiosa?
Meus ouvidos foram invadidos por uma risada descontraída da moça a minha frente, aumentando uma curiosidade própria minha, dessa vez.
— Os curiosos sempre chegam a grandes lugares – Desceu os olhos para minha boca e eu limpei a garganta – Diana Clark, muito prazer.
Sua mão fora estendida em minha direção em busca de um cumprimento formal, esse que eu logo o fiz e pude perceber o quão gelada era sua mão que apertou a minha e a segurou mais do que o necessário.
— Prazer, Diana – Um sorriso brotou novamente em sua boca – Eu não irei me apresentar, já que você estranhamente já sabe o meu nome.
— Eu perguntei para a bibliotecária – Admitiu e eu não pude evitar franzir o cenho.
— Posso saber o motivo da curiosidade?
Ela abriu a boca para falar mas antes que isso fosse feito, uma mulher com um vestido extremamente curto e colado em seu corpo se aproximou, parando frente a de olhos cinzas que a olhou com desdém.
— Já estou pronta. Vamos?
— Eu não irei – Falou simples e a mulher riu parecendo irritada.
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Amizade Colorida
RomansaDiana Clark sempre levou a vida curtindo noites com mulheres diferentes e sem querer manter compromisso por medo do amor, apenas tendo esse medo se intensificando quando uma última relação não foi nada do que ela esperava. Elizabeth Robbins quase nu...