Eliza já havia sido levada pelos médicos fazia muito tempo e eu não tinha ideia se ela estava bem ou não. Minhas unhas já haviam sido todas roídas e meu corpo inteiro tremia.
Eu estava com medo. Medo de nunca mais poder ver Elizabeth. Medo de perder o amor da minha vida. Medo de perder minha melhor amiga.
— Você é a Srta. Clark? – Um médico perguntou ao se aproximar.
— Sim, sou eu. – Levantei rapidamente – Como ela está?
— A Srta. Robbins chegou aqui em um estado grave e quase irreversível, nós quase a perdemos mas conseguimos controlar a situação e ela agora passa bem.
— Graças a Deus! – Soltei a respiração que até então estava presa – Eu posso vê-la?
— Pode sim.
— Obrigada por tudo, Doutor – Apertei sa mão – Obrigada por salva-la.
— É apenas o meu trabalho – Sorriu gentil – Agora vai lá ver sua garota – Soltou um risinho – Quarto 505.
— Muito obrigada. – Foi a última coisa que eu disse antes de sair em direção ao elevador.
Esperei pacientemente que o elevador me deixasse no andar do quarto de Eliza e quase corri quando ele finalmente se abriu. Cheguei ao quarto 505 e suspirei ao ver Elizabeth dormindo como se fosse um anjo.
— Olá, Lizzie. – Murmurei ao me sentar na cadeira ao lado da cama e segurar sua mão – Obrigada por não me deixar – Acariciei seu cabelo com a mão livre – Eu tive tanto medo. – Respirei fundo.
— É porque você me ama – Levei um pequeno susto ao ouvir sua voz fraca – Você poderia me dar um copo de água?
— Com tanta água que você bebeu hoje, é impossível estar com sede – Soltei um risinho e logo me calei, arregalando os olhos – Desculpe. Péssima piada.
— Eu achei engraçado – Eliza sorriu de leve – Obrigada. – Agradeceu ao pegar o copo e beber o líquido.
— Você não tem noção do quanto eu fiquei preocupada, Lizzie. – Tornei a me sentar na cadeira e segurar sua mão.
— Na verdade eu sei um pouco o que você passou. Eu ouvi sua voz. Apenas sua voz.
— Sério? – Abri um pequeno sorriso.
— Sim. Ela quem me fez querer continuar viva. – Sorriu e corou, logo abaixando o olhar – Eu poderia ter voltado, Dia. Poderia ter saído da piscina, mas eu não quis. Eu sei que eu não deveria, mas naquela hora tudo o que eu queria era ir embora de vez.
— Lizzie...
— Eu não quis lutar e eu sinto muito por isso.
— Ei, não se desculpe, okay? O que importa é que você está bem agora – Sorri – Eu só vou te pedir que não faça mais isso, pode ser? Eu não iria suportar viver sem você. Quando isso voltar a te assombrar, por favor me fala e a gente lida com isso, tudo bem?
— Certo – Sorriu sem graça e logo olhou para minhas mãos – O que houve com suas mãos?
— Eu bati no seu namorado – Falei baixinho – Me desculpe.
— Não se desculpe, ele mereceu. – Soltou uma risadinha.
— Como ele não sabia que você não sabe nadar? – Indaguei curiosa.
— Ninguém sabe, apenas você. – Deu de ombros – Fora que ele não sabe muita coisa sobre mim, assim como não sei sobre ele.
— Porque vocês namoram então?
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Amizade Colorida
RomanceDiana Clark sempre levou a vida curtindo noites com mulheres diferentes e sem querer manter compromisso por medo do amor, apenas tendo esse medo se intensificando quando uma última relação não foi nada do que ela esperava. Elizabeth Robbins quase nu...