We're not friends

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Diana pov'

Dois meses depois.

— Não, Diana! – Elizabeth riu e puxou o controle do vídeo game da minha mão, tornando a jogar.

— Me dê atenção! – Deitei com a cabeça em suas pernas.

— Eu estou jogando agora, Dia.

— Mas isso não é justo. Você me fez sair do bar que eu estava pra vir me ver e disse que hoje não ficaria jogando, e sim ficaria comigo.

— Sabia que você fica muito carente quando bebe? – Soltou um risinho enquanto ainda tinha a atenção presa na tv.

Cruzei os braços abaixo dos seios e fiquei olhando para a cara de concentrada que ela fazia. Elizabeth ficava linda quando jogava, principalmente quando tentava passar de fase. Ela mordia o lábio inferior e franzia o cenho, o que a deixava incrivelmente linda.

— Lizzie? – Cutuquei seu braço.

— Uhm?

Murmurou sem me olhar e eu bufei, tirando a cabeça de suas pernas e me sentando.

— Eu vou jogar esse vídeo game fora – Falei comigo mesma.

— Isso!!! – Eliza gritou e deu alguns pulinhos animados no sofá – Passei dessa tela de merda.

— Bom pra você.

— E isso significa que você terá toda a minha atenção agora.

— Eu não a quero mais.

— Oh, vem aqui vem – Soltou o controle e me puxou, me fazendo deitar a cabeça em seu peito – Você não vai ficar chateada por isso, vai?

— Não. – Sorri quando senti seus dedos passearem por entre meus cabelos.

— Ótimo! – Soltou um riso – Seu cabelo já cresceu bastante, me deixa cortar?

— Eu não vou deixar você cortar o meu cabelo. – Soltei um riso e ela me olhou curiosa.

— Porque não?

— Porque eu tenho medo de você cortar tudo errado igual cortou aquele papel de parede.

Ela abriu a boca como se tivesse ofendida e beliscou meu braço, me fazendo rir.

— Um papel de parede é bem mais fácil de errar do que o cabelo – Argumentou – Eu faço aquela torta que você disse querer, se você me deixar cortar.

— Sério que você faz pra mim? – Sorri animada e ela soltou uma risadinha – Nossa, eu tô com vontade de comer aquela torta a tanto tempo.

— Então me deixe cortar seu cabelo e eu prometo fazer.

— Fechado!

— Tão fácil quanto convencer uma criança – Zombou e eu revirei os olhos – Uhm, eu conheci um cara hoje.

— Sério? E você gostou dele?

— Não tenho uma opinião formada sobre ele ainda.

Eu odiava quando Elizabeth saia com essas pessoas. Eu odiava o fato de que ela não me enxerga, mesmo eu estando bem aqui na sua frente.

É, eu sei que a merda do nosso combinado era que nenhuma das duas se apaixonasse ou tornasse isso um problema, mas eu quebrei o nosso ponto inicial e eu não me orgulhava disso.

Eu estava apaixonada por Elizabeth e isso foi algo tão inevitável e natural. Lizzie é uma mulher extremamente doce e sexy, ela é tão atenciosa e faz com que tudo fique melhor. Ela me trás uma paz que em tempos eu não sentia e a forma na qual ela sempre me fazia rir era de fato o que mais me fez cair.

Amizade ColoridaOnde histórias criam vida. Descubra agora