Capítulo 13 - Usando o painel

161 20 4
                                    

A sua primeira parada foi na carpintaria, era nítido o quão próspero era o seu negócio, o lugar era grande e alguns pequenos móveis e entalhes estavam diretamente na recepção servindo como amostra para os clientes. Cada um deles tinha um acabamento excelente, cheio de detalhes de flores ou pássaros, Madeline ficou muito satisfeita com o trabalho dessa pessoa.

Como estava com pressa, ela não perdeu tempo e mostrou o que queria que fosse feito, beliches. Devido a novidade, o lojista a levou diretamente para o carpinteiro chefe para a realização das negociações, o trabalho era simples e não requer muita habilidade complexa, desse modo o preço foi acertado e vinte e dois beliches foram encomendados que estariam prontos em dois dias.

Em seguida ela foi parando de loja em loja comprando tudo o que precisava, como as coisas eram muitas e principalmente pequenas, Madeline pediu que entregasse diretamente na casa, de qualquer forma Yuande estava por lá e poderia receber as mercadorias.

Embora tivesse uma boa memória, apenas por precaução ela decidiu comprar papel e anotar todas as suas tarefas a serem concluídas. Seu coração doeu quando escutou o preço de uma folha de papel, a vontade de recuar e sair pela porta era grande, esse lugar era simplesmente inacreditável ao dar um valor tão alto por algo que será usado uma vez e descartado a seguir.

Ela não sabia, mas a confecção de papel era um processo complicado e o valor tinha que se equiparar com a dificuldade de criação do produto.

Madeline sentiu-se uma pessoa pobre novamente, o dinheiro simplesmente escapa muito facilmente de seus dedos.

Visto que não usaria muito, comprou somente duas folhas do papel mais inferior. O horário de almoço já tinha passado, mas como comeu uma sopa de wonton mais cedo não estava com fome, independente disso ela passou em uma barraca e comprou Gua Bao recheado com barriga de porco, o cheiro era de dar água na boca e apesar de ser um pouco caro ela não lamentou em gastar algumas moedas, afinal, é comida, gastar um pouquinho a mais quando se trata de comer não é considerado jogar dinheiro fora.

Sabendo que não tinha mais o que fazer por hoje ela retornou para a casa alugada e foi dividir o lanche com Yuande. Quando passou pela sala percebeu que todas as mercadorias já haviam chegado, o garoto não se encontrava em lugar algum então percorreu por toda a casa e só o encontrou quando chegou à cozinha.

— Ei, o que faz aqui parado? – o menino estava atordoado olhando para sabe-se lá o quê.

— Eu estava olhando a casa, é tão grande. – nessas horas o seu lado infantil aparece, normalmente ele está sempre fazendo piadas ou com um semblante sério tentando transmitir maturidade, mas no fundo é apenas uma criança.

— Futuramente podemos todos morar numa casa como essa, não esquenta, daqui pra frente as coisas irão melhorar. – enquanto o garoto ainda estava meio perdido ela se aproximou e lhe entregou dois Gua Bao, o aroma delicioso entrou em suas narinas desprevenida fazendo-o acordar. — É Gua Bao, nunca comi então queria experimentar, espero que seja gostoso.

Sua escolha não foi perdida, na verdade, o sabor era realmente muito bom. Não era muito apimentado então se adequa ao seu paladar, depois do fracasso com a carne agridoce no restaurante ficou preocupada que a carne de porco no Gua Bao também fosse adocicada.

Os dois devoraram o lanche e decidiram descansar, estavam correndo para lá e para cá a manhã inteira e, agora, se sentiam um pouco cansados.

— Não pretendo voltar, vou deixá-lo encarregado de buscar as pessoas, tudo bem? – disse Madeline, enquanto os dois se sentavam encostados na parede, um ao lado do outro.

— Já pretende ficar hoje? – perguntou surpreso, embora não tivessem muita coisa, alguns ainda possuíam pequenos pertences. Ele não esperava que ela escolhesse ficar de uma vez e não trazer nada consigo.

Tornando-se a jovem senhorita em outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora