Numa manhã quente de maio, um pequeno grupo caminhava pelas ruas da aldeia Vale das Caliandras. Exceto Madeline, todos estavam impressionados com o lugar, que de humilde não tinha nada. Desde o início, eles ficaram bastante surpresos com a entrada da aldeia: uma placa bem decorada estava presa no portão, com o nome "Vale das Caliandras" gravado em grandes letras. Embora o lugar fosse protegido pelas lindas e chamativas árvores rosas, isso não transmitia qualquer sensação de segurança. Por isso, em todos os buracos entre os troncos foram plantados arbustos com espinhos. É claro que havia pontos estratégicos que permitiam aos moradores escapar em caso de emergência, e essa informação era compartilhada apenas com o chefe da aldeia. O segundo choque veio das ruas, que eram muito bem feitas; não eram de terra, mas sim de tijolos assentados sobre um chão compactado, o que ajudava a manter a estrada regular e evitar que a carroça de boi balançasse demais durante a passagem. Esse tipo de pavimentação também ajudava a evitar acidentes e não atrapalharia os negócios da aldeia quando chovesse, já que a água não se acumulava facilmente.
Logo em seguida, as casas os deixaram espantados. O design era diferente do que estavam acostumados a ver em outras aldeias. As construções eram grandes, com paredes sólidas e tetos altos, transmitindo uma sensação de imponência. Além disso, os quintais eram amplos e bem cuidados, dando a impressão de que cada família ali tinha bastante espaço para viver confortavelmente. Tudo naquele lugar, desde a entrada decorada até as ruas e casas, indicava que a aldeia Vale das Caliandras seria próspera e diferente das demais, um verdadeiro oásis de riqueza e organização em meio à simplicidade da região.
Conforme entravam cada vez mais no centro da aldeia, mais chocadas se tornavam suas expressões.
— Alguns imóveis foram construídos estrategicamente no centro para que todos se concentrem em apenas um lugar. A casa maior à nossa frente é uma espécie de sala de reuniões. Todas as decisões importantes e de grande escala serão discutidas lá. Como podem ver, o tamanho é suficiente para acomodar pelo menos um representante de cada família, evitando que o local fique lotado com pessoas desnecessárias — explicava ela, enquanto apontava as direções para deixar a localização clara. — À direita do centro de reuniões, temos a escola. Ela estará disponível apenas para as crianças de seis a onze anos, já que funcionará como ensino básico.
A escola era simples, com algumas salas separadas por série e gênero, já que pretendia-se que as garotas também ingressassem na escola, e não seria bem visto que meninos e meninas se misturassem. As escolas nas duas aldeias serviriam como o equivalente ao fundamental I do mundo moderno. O objetivo era que as crianças aprendessem a ler e escrever, além de terem uma introdução aos assuntos estudados neste mundo, para somente então ingressarem numa escola mais avançada que estaria disponível na cidade.
À esquerda da sala de reuniões, havia uma pequena botica¹, criada para tratar pequenos ferimentos e doenças, evitando que os aldeões precisassem ir ao condado para cuidados médicos. Os medicamentos seriam cuidados e distribuídos por alguém instruído por Madeline, que seria nomeado boticário.
— Senhorita Fei, o que são aquelas coisas? — perguntou o velho Qing, enquanto olhava os diversos brinquedos na praça.
Os outros dois homens também estavam curiosos sobre os objetos estranhos.
— Ah, aquilo são brinquedos, também conhecidos como parquinho.
— Brinquedos? Como se usam? Eles são muito estranhos, nunca vi tal coisa antes. — O velho Qing estava confuso com suas funcionalidades e não entendia muito bem o propósito daquelas coisas estarem ali.
Madeline achou entediante explicar, pois provavelmente eles não entenderiam a diversão dos brinquedos se não experimentassem por si mesmos.
— Venham, vou mostrar como se usa. — Havia muitos brinquedos, como a gangorra, o escorregador, o gira-gira, entre outros, mas ela escolheu o seu preferido, o balanço. — É uma brincadeira simples, mas divertida e legal.
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Tornando-se a jovem senhorita em outro mundo
RomantizmAutora: Borboleta Peser Ano: 2023 Gênero: Romance, transmigração, histórico, sobrenatural Madeline era uma médica não convencional com habilidades extraordinárias no século XXI, até que, em um dia aparentemente comum, sua vida chega a um fim abrupt...