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De todas as coisas que marilia já havia feito
em sua vida, essa definitivamente era uma
das mais corretas, julgada por ela. Seu
dedo voltou a pressionar a campainha e no
segundo seguinte almira abriu a porta.

- Olá!- almira recepcionou com um enorme
sorriso.- Por favor, entrem. - Ela disse
para marilia e seus amigos. Todos haviam
sido convidados para o Natal, afinal quanto mais gente melhor para lara.

Este seria o primeiro natal que passaria em sua casa desde que se acidentaram anos atrás. O primeiro natal que passaria lornge do hospital.

- Eu gostaria de agradecer por ter convidado
meus amigos. - marilia disse, entrando na
casa. Marilia apresentou Normani à almira
e todos retiraram seus casacos, dando uma
boa olhada pela casa. Os olhos de marília se prenderam em maiara, mas ela os desviou rapidamente. Primeiro tinha algo que fazer.

- Podemos conversar um minuto a sós,
Almira?

- Bem..- almira disse arqueando uma
sobrancelha. -- Claro, me acompanhe até a
cozinha. - Pediu. - Vocês fiquemà vontade.
Já voltamos.

Marilia acompanhou almira até o cômodo,
sentindo o delicioso cheiro de algumas
coisas que já estavam sendo preparadas.
A empregada estava cozinhando, porém
Marilia não se importou com sua presença,
afinal a mulher usava fones de ouvido
e dançava feito louca enquanto cortava
algumas batatas.

- Pois não?- almira perguntou e marília
suspirou, vendo a mais velha se debruçar
sobre o balcão.

- E sobre maiara. - Disse, vendo almira piscar ainda calada, esperando por algo a mais.

-0 que tem ela? - Perguntou naturalmente.

- Hm, ontem ela... Digo, isso já veio de antes, desde o assunto das flores.- almira franziu o cenho, segurando o riso pelo aparente nervosismo de marília. - A massagem também foi um sinal, mas talvez ela nemn saiba o que esteja passando.

-Compreendo,- almira disse, balançando
a cabeça, fazendo Marília gargalhar no
momento seguinte.

- Desculpe. Não falei nada coerente, é que
estou muito nervosa. - Disse, enxugando o
suor das mãos na calça jeans.

- Tudo bem, querida. Não se preocupe.
Almira disse com gentileza.

-Eu não sei bem como isso aconteceu,
mas eu gosto da sua filha de um jeito mais
intenso do que eu creio que deveria. Eu peço perdão por isso, eu realmente não sei como controlare eu não quero que a senhora pense que eu estou me aproveitando dela, porque eu não estou.

- Gosta dela romanticamente, você quer
dizer?- almira perguntou e marília assentiu um pouco hesitante.

- Ontem ela meio que, hm, me beijou. -
Confessou temerosa. - Não foi um beijāo,
foi um simples esbarrar de labios, mas eu
definitivamente não queria te esconder isso.

Se a senhora achar que devo me afastar eu
entenderei, apesar de realmente querer ficar, por perto.

- Eu já sabia sobre o beijo. - almira disse,
vendo marília a olhar surpresa.- E não
quero que se afaste de maiara, Marília. De
onde tirou isso?

- Não sei. Só entendo que ela tem coisas
para lidar: A fisioterapia, as aulas, a
readaptação com tudo.

- E você faz tudo isso ser mais fácil para
ela.- almira disse, -- Olhe, criança, se você
for paciente e não for machucar a minha
menina, estou mais do que de acordo com
isso. - Contfessou. - Conversei com maiara
ontem, ela está confusa e acha que você está brava com ela. - Compartilhou, - Isso näo será fácil, ela ainda é, na maioria das vezes, a maiara ingenua.

- Eu sei. -- marilia disse, ligeiramente mais
aliviada. - Eu não pretendo acelerar as
coisas. Eu sequer sei como agir, para ser
sincera. - Confessou envergonhada.

- Que tal agir como sempre, hm?- almira
propôs.- Isso realmente soa agradável para
todos.

Após a conversa com almira, ambas voltaram à sala. Todos estavam sentados no sofa devorando algumas jujubas que maiara havia oferecido. Os olhos de marilia focaram em maiara, ela usava um vestido rosa com bordas pretas rendadas.

- Oi.- Marília disse docemente assim que
se aproximou de maiara. A morena estava
ao lado da árvore de natal com Leo sobre as pernas, na cadeira de rodas.

-O Leo sentiu saudades, lila.- maiara
disse, vendo Marília sorrir e se abaixar
diante dela.

- Só o Le0? - maiara olhou para os
pisca-piscas da árvores de natal um pouco
hesitante.

- A mamãe também. - Marília não resistiu
em rir.

- Eu também senti saudade deles, - Disse,
apesar de ter passado apenas vinte e
quatro horas.- E de você mais ainda. -Os olhos esverdeados encontraram os castanhos e maiara sentiu seu coração saltar em seu peito.

-Você não ficou brava?- Ela perguntou e
Marília negou com a cabeça.

- Não fiquei. - Confessou.- Acho que te
devo um pedido de desculpas.

- Por que?

- Por ter saído daquele jeito ontem e,
provavelmente, ter te deixado confusa.
Não foi a minha intenção.-maiara piscou
algumas vezes antes de dizer algo.

- Você caiu na neve? - Marília riu e mordeu
seu lábio inferior.

- Sim.- Disse, vendo os olhos de maiara
percorrerem seu corpo em busca de algum
hematoma.- Não se preocupe, a blusa
amorteceu a queda.

- lila... - maiara chamou com o dedo
indicador, fazendo Marília se inclinar para
que ela pudesse dizer algo em seu ouvido.
Me desculpa?

- Por quê?- Marília perguntou confusa.

- Por ontem. - Confessou acariciandoo
ursinho em seu colo. - Por tudo. Eu não
quero que você vá embora porque eu sou
uma boba.

- Você năo é uma boba, Maíara. Eu que fui.-
Marilia disse.

- Você não, lila.- maiara disse com
veemência. - Eu prometo não fazer de
novo.- Os olhos de marília foram atraídos
pela alta risada de mateo, que comia um
cachorro quente que uma das empregadas
estava servindo enquanto conversava com
Almira e seus amigos.

- Eu gostei do que você fez, maiara. Eu só..
Não estava preparada. - Marília informou,
vendo maiara começar a acariciar sua mão, que estava sobre sua perna.

-Não ficou brava mesmo? Jura de dedinho?

- Juro, princesinha, mas me diz, por que fez
aquilo?- maiara pareceu pensar por alguns
milésimos de segundos.

- Não sei, parecia certo. - Disse brincando
com os dedos da menor. - Eu gostei, mas
você foi embora.

- Prometo nunca mais ir embora assim,
tudo bem? -Marília disse, se levantando e
deixando um demorado beijo na testa de
Maiara.

- Tudo bem. -- Disse, tendo o início de um
sorriso nascendo em seus lábios. - lila,
aquilo?--maiara pareceu pensar por alguns
milésimos de segundos.

- Não sei, parecia certo.- Disse brincando
com os dedos da menor. -- Eu gostei, mas
você foi embora.

- Prometo nunca mais ir embora assim,
tudo bem? - Marília disse, se levantando e
deixando um demorado beijo na testa de
Maiara.

- Tudo bem. - Disse, tendo o início de um
sorriso nascendo em seus lábios. - lila,
adivinha quantos dedos tem aqui?- Disse,
tampando os olhos de marília com uma
mão e estendendo outra com três dedos
esticados.

- Hmm, deixa eu ver... cinco.- Marília
chutou e maiara retirou sua mão da frente
do olho de marília para que ela pudesse ver.

- Errou!- Disse rindo.

- Não errei não. Tem cinco dedos,
dois abaixados e três esticados. Você
não especificou. - maiara entortou
a boca e franziu o cenho, parecendo
verdadeiramente pensativa.

- Tem razão. Não valeu! - Disse, repetindo a
situação engquanto marília ria. Ah! Como ela adorava estar por perto de maiara.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora