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Os olhos verdes estavam há quase um
minuto presos nos ferros a sua frente,
tentando assimilar o que Marilia dissera
para que ela fizesse. Maiara Confiava em Marília, contudo, seu verdadeiro medo estapeou-lhe bem na cara: E se não conseguisse?

-Que tal se tentarmos depois?- maiara
perguntou e marilia riu suavemente.

-0 que combinamos na virada de ano, hm?
- Perguntou, erguendo uma sobrancelha,
mas jamais perdendo o sorriso.

-Que este ano eu andaria antes da
primavera chegar. - maiara disse marilia
aquiesceu.

- Exatamente. - Afirmou. - E para isso você
precisa começar a treinar na barra paralela.

- maiara umedeceu os lábios pensativa
antes de olhar para Marília temerosa.

- E se eu não conseguir?

-Você vai. - Disse veemente. -Seus braços
já estão fortes para sustentar o seu peso,
agora precisamos trabalhar mais suas
pernas.

- Por que meus braços estão bons e minhas
pernas ainda não?- Perguntou.

- Nossas pernas exigem mais força de
nós, você vai chegar lá. - Marília insistiua
pacientemente. -- Para irmos à piscina da
sua casa em alguns meses quero que esteja
boa, se não, eu não irei - Impós. Maiara
entortou a boca e olhou para a barra antes
de voltar a olhar para Marília.

Sem lila de maiô ou biquini? -
Perguntou e marília segurou o riso.

- Sem lila de maiô ou biquini, - Disse
irredutivelmente, o que causou um longo
suspiro em maiara.

-Você vai me ensinar a nadar? - maiara era
esperta, queria negociar.

-Sim, mas precisa testar a barra.

- Se eu cair você não ri?- Pediu
envergonhada.

- Você não irá cair. Eu estarei bem atrás
de você, pronta para te segurar. - Marília
informou e maiara tomou fölego antes de
assentir.

- Tudo bem, me leve até ela. - Pediu. Queria, a todo custo, voltar a andar novamente; queria os passeios que marilia lhe prometeu;queria poder ter a liberdade de tomar um banho sozinha; de poder subir a bendita escada sozinha; de poder se deitar por conta própria, pois apesar de isso ser algo que ela podia. sua mãe sempre a colocava para dormir.

Não que ela reclamasse, mas havia dias onde ela realmente queria estar sozinha.
Aquele era um sentimento novo nos útimos dias, afinal sempre odiara ficar sozinha, porém ter as pessoas em cima
dela o tempo inteiro
estava começando a incomodar um pouco a menina, mas ela não diria nada a ninguém, não queria ser uma ingrata.

Marília ajeitou a cadeira de rodas em
frente à barra e estendeu os dois braços a
ela, fazendo a maior segurar suas mãos.
Aquele, de longe, era seu toque preferido: O de marília. Havia se passado três semanas após o natal, porém já sentia falta de marília dormindo ao seu lado, porque a verdade era que marilia contava as melhores estórias, todavia, o que prendiaa atenção de maiara era a voz eloquente de marília, cheia de vida, fazendo cada personagem ser compreendido
perfeitamente.

- Pronta? - Marília perguntou e maiara
engoliu em seco, mas mesmo assim assentiu.

- No três você vai fazer o que eu te disse,
certo?- Novamente maoara aquiesceu.

- Certo.maiara disse se preparando.

- Um.- Marília começou a contagem,
tentando transpassar segurança, porém
seu interior estava aflito e ansioso. - Dois...
-almira se aproximou um pouco mais, mal
podia esperar por aquilo. - Três.- Disse por
fim, vendo maiara tomar impulso e, com
a ajuda do leve puxão de marília, a garota
ficou em pé.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora