4

1.2K 130 47
                                    

O barulho da chave girando na porta fez
Maraisa saltar de cima do sofá e esconder seus seios e seu sexo com almofadas. A morena ao seu lado fez exatamente a mesma coisa, no entanto, marília ainda assim foi capaz de ver algo antes do total cobrimento dos corpos.

- maraisa, de novo? - Marília reclamou
chateada.

- Eu pensei que você não viria mais, já viu
que horas são? Quase oito da manhā. Achei
que finalmente tivesse aceitado sair comna
Livia e que dormiria com ela lá.

-O que?-marilia perguntou inconformada.
- Eu nem vi aquela garota. Onde estão os
garotos, afinal?

- lucas já foi para a faculdade e o mateo
foi fumar maconha com alguma garota que
não me lembro o nome. - Marilia assentiu e
coçou os olhos.

- Certo. Podem continuar entāo, vou subir,
tomar um banho e dormir umas duas horas.

- Ela disse, indo rumo às escadas de madeira invernizada.

-Onde estava, afinal, se não me estava
com a livia?- lauana perguntou não se
aguentando de curiosidade.

- Aconteceu algo bizarro ontem e por
alguma razão uma garota que estava em
coma havia quatorze anos respondeu à
minha voz.

- Quatorze anos? Ela está bem? Fala ou
anda? Tudo isso de tempo não era para
ter comprometido seu cérebro? - maraisa
perguntou surpresa.

- Como chegou a encontrar um caso assim?
Pensei que fosse da fisioterapia.- lauana
concluiu.

- E sou. - Marília respondeu. -- E sobre
as perguntas de maraisa.. Bem, ela fala
normalmente, o resto ainda não sabemos.
Ela deve passar por uma bateria de exames exaustivos, coitada. -- marilia disse em um suspiro.- De qualquer forma, vou sair uns trinta minutos mais cedo para ir visitá-la.

- Disse, dando de ombros. - Bom sexo para
vocês.

-Obrigada. - Disseram em uníssono e
Marília subiu as escadas correndo.

Tomou um banho não tão demorado, pois
sentia suas pálpebras pesarem, no entanto,
quando finalmente se deitou em sua cama
seus olhos não se fecharam. Seu cérebro
não permitia; ele ficava enviando imagens
do sorriso de maiara lembranças do elogio sobre os olhos de marília.

Ela não fez muita coisa após aquele elogio,
pois o médico insistiu que ela saísse da sala
junto com almira, pois precisava realiza uma série de exames. Antes de sair, almira ouviu o "Mamae?E caiu em um choro intenso antes de abraçar sua filha e prometer voltar logo.

Marilia se remexeu na cama e fechou os
olhos forçadamente, porém aquele sorriso
voltou a invadir seus pensamerntos.

Marília bufou irritada e se cobriu, mas, segundos antes de dormir, a rouquidão da voz de maiara voltou a pronunciar:

"Os seus olhos também são lindos"

Esse era o maldito problema em nunca
receber elogios de mulheres tão lindas:
Quando recebia não era fácil esquecer.
Tentou evitar, mas um sorrisinho bobo
enfeitou seus lábios antes de finalmente
conseguir pregar os olhos.

[...]

O corpo da garota estava quebrado; ela não deveria sequer ter dormido, pensou, pois se sentia muito pior. Nos olhos havia pingado colirio, já que ardiam intensamente. Seus pés correram o mais depressa possível para dar tempo de visitar maiara.

Assim que chegou na porta a qual tanto
ansiava, deixou trës batidas suaves na
mesma, que logo foi aberta por almira. A
mulher avancou em marilia assim que a viu.

envolvendo suas mãos ao redor do pescoço
da garota e a abraçando forte.

- Eu jamais serei capaz de agradecer
o suficiente, querida. - almira disse
emocionada, fazendo Marília sorrir.

- Não me agradeça, senhora almira,
eu não fiz nada. Foi tudo mérito única e
exclusivamente de maiara. - Marília disse
sentindo a mulher lhe soltar e enxugar
uma lágrima solitária. - Como ela está?

- Perfeita. - A mulher disse, dando
espaço para Marília entrar no quarto.-
O médico disse que ela terá que ficar uns
dias em observação e terá que passar por
fisioterapia, pois ela está há muito tempo
em desuso dos músculos e dos ossos, - almira explicou, vendo Marília sorrir e acenar para maiara, que sorriu de volta. - O cérebro dela também é acostumado a carregar um corpo de seis anos, então ele mesmo pregará peças nela até entender que seu corpo já é adulto.

- Mamãe... - maiara chamou, fazendo a
mulher se calar e pôr atenção em sua filha.- Ela voltou mesmo. -maiara disse sorrindo e se ajeitando mais na cama.

-Sim, querida. Eu disse que ela voltaria. -
Almira disse rindo de uma forma calorosa.

- Olá, maiara, sabe quem eu sou? - Marília
perguntou, se aproximando da cama e,
consequentemente, de maiara.

- A moça dos olhos de mel.- Marília
enrubesceu ante ao elogio. - Eu gosto de mel.

- Bem, eu te trouxe caramelos, mas eu
conversei com seu médico antes de entrar
aqui e, infelizmente, ele disse que você
terá que passar por uma dieta rigorosa
por alguns dias, sinto muito.- maiara fez
uma careta antes de olhar seriamente para
Marília.

- Nem escondido?-Ela sussurrou após
tampar sua boca com uma das mãos para
sua mãe não ver, fazendo marilia rir a plenos, pulmões.

- Não seja assim, mocinha. Não é legal
trapacear nas regras quando se trata de
nossa saúde, tudo bem?- Marília disse e
Maiara assentiu um pouco contrariada.

- Marília, posso aproveitar que está aqui
para ir ao banheiro? - almira perguntou,
vendo a moça assentir. Pobre almira, deve
estar exausta, pensou marília. Se ela não
tivesse que ir para suas aulas práticas ela
ficaria com maiara para a mulher tirar
algumas horas para descansar.

- Mamãe me disse que eu não sou neném.
Que agora eu já tenho vinte anos, -maiara
disse fitando com atenção as expressões de
Marília.

- Ela disse isso?

- Disse também que eu sempre serei
o neném dela, mas me explicou o que
aconteceu. - maiara disse. -- Parece o
desenho do jacaré que queria comer o
pica-pau.

- Ah, sim?- marilia perguntou rindo. Ela
adorava aquele desenho em sua infância.

- Sim, só que ao invés de dormir por
todo o inverno eu dormi por vários. -
Marilia assentiu, orgulhosa por maiara ter
entendido.

-E Suponho que sua fome esteja igual ao
do jacaré, hm? - marilia pergurntou rindo
ao ouvir o estômago de maiara roncar. A
maior acenou um pouco envergonhada e
Marília sorriu. - Já está quase na hora de sua refeição. Vai comer tudo?

- Siim. - maiara disse animada e Marília
riu.

- Voltei, crianças. - almira disse, sorrindo
abertamernte. Rápida! Pensou Marília. A
garota se permitiu fitá-la: Ainda aparentava cansada, porém aquela grande tristeza e falta de brilho em seus olhos já não existiam.

- Eu adoraria ficar mais, mas o dever me
chama.- Marília disse entortando a boca e
Maiara cruzou os braços.

- Ah não! - Protestou emburrada.

-Marília tem coisas para fazer, meu amor.
Lembra-se do que conversamos? - maiara
assentiu ainda emburrada.

- No meu intervalo eu prometo passar aqui,
tudo bem?

- Falta muito para isso? - maiara
perguntou.

- Umas quatro horas.- marilia informou.

Mamãe, quanto é isso?-almira entortou a
boca, como explicaria isso?

- São o mesmo que dois filmes da Disney,
mais ou menos. - Marília se apressou emn
dizer.

- Jura que vem?

- Juro. - Marília respondeu.

- De dedinho? - maiara questionou,
esticando seu dedo mindinho. Marilia o
olhou e sorriu genuinamente.

- De dedinho.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora