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- Posso saber por que chegou tão cedo?
- murilo perguntou rispidamente, vendo
Marília arrumar as coisas necessárias para o dia.

Sua primeira pessoa a atender seria maiara e isso melhoraria consideravelmente seu dia, levando em conta que não a via desde o dia anterior e que seu dia estava sendo horrível, pois a madrugada havia sido repleta de gemidos de lauana e isa, vindos do banheiro. Comeravam mais um mês juntas e tal festejo fez Marilia mal pregar os olhos.

- Ainda não estou em meu horário,
não preciso te dar satisfações. - Marília
respondeu com a rispidez igualada a dele.

Ela sempre fora gentil, por tal razão murilo
estranhou sua resposta.

- Exatamente. Você não tem autorização
para mexer em nada aqui fora do seu
horário. Desfaça tudo e deixe como
encontrou- Exigu.

- Não. - Ela respondeu secamente
bocejando logo em seguida.

-Marília, não me faça tomar medidas
drásticas.

- murilo, eu entro em quatro minutos. Para
que desarrumar tudo, sendo que terei que
reorganizar as coisas exatamente assim?

- Porque eu estou dizendo para fazer. -
Exigiu, trincando seu maxilar.

- Não pode tratar as pessoas como se fossem meros pedaços de lixo. - Marília disse, vendo o homem se aproximar com a expressão rigida em seu rosto.

- Eu as trato como eu quiser. - Falou a
encarando.- Agora faça o que eu mandei
ou tornarei seus próximos meses aqui um
inferno.- Marília respirou fundo.

- Tudo porque eu disse que não precisava te dar satisfações?

- Assim aprende a ser menos rude com as
pessoas.- Avisou ele.

-Rude?- Ela perguntou. - Jura, murilo?
- Ela indagou sentindo-se cansada e
derrotada. - O que eu te fiz?

- Como?

-O que eu te fiz? - Repetiu com veemência.

- De todos os dez alunos que estão sob
sua responsabilidade eu sou a única que
você trata assim. - Disse. -- Eu sou a única
que fica até mais tarde para te ajudar a
organizar tudo, mesmo sem precisar, e nao
faço isso para puxar seu saco e sim porque
imagino o quão cansado deva estar. - Falou
umedecendo seus lábios. - Então o que eu
te fiz para me tratar todos os dias como umn pedaço de lixo? Como se eu estivesse abaixo do subsolo? - .murilo riu e negou com a cabeça.

-Tudo bem, Marília. Então além de
arrumar isso tudo você terá que ir buscar
café para mim. - Ele disse, se encostando
tranquilamente na pilastra dali. A menina
apenas se sentou no chão e apoiou o rosto
sobre suas pernas, puxando fortemente o ar para seus pulmões. - Não me ouviu?

-Quem não ouviu foi você. Não estou
em meu maldito horário; cheguei mais
cedo porque me voluntariei para tornar
o ambiente melhor para maiara, então se
você quiser seu bendito café mexa essa
bunda preguiçosa e vá buscar você mesmo.

- Ela disse irritada, só não sabia com o quê,
exatamente.

Marília sempre fora pacífica; sempre acatara tudo o que murilo dizia sem problemas, mas talvez o cansaço, o mau-humor, a solidão e a
TPM estivessem um pouco reunidas demais.

A ligação de sua māe naquela manhä a
deixou sensível, não era para menos, sentia saudade de sua família e isso a fez pensar sobre toda a sua vida: Ela era uma tremenda solitária. Sempre fora.

Seus amigos eram como uma pequena
segunda família, porém mal se viam,
tendo emn vista que os horários eram todos incompatíveis.

Ela não tinha mais ninguémn
além deles, almira e maiara agora se incluíam nisso, exatamente por isso ela acordou com o propósito de fazer o dia mais legal para aquelas duas, haviam passado por um bocado de coisas, mereciam ser felizes.

Em Um Piscar de olhos....[mailila]Onde histórias criam vida. Descubra agora