Capítulo 1

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!Imagem de Aurora acima!

Aurora

Andando pelas ruas com o capuz sobre a cabeça para evitar a chuva, via as pessoas indo para lá e para cá. Era uma onda de pessoas e tinha que me espremer entre elas para conseguir sair do lugar.

Ao chegar no meu destino tirei a capa e abri a porta.

- Aurora! Preciso de você aqui!

Respirei fundo deixando a capa pendurada no gancho ao lado da porta.

- Bom dia também madame, Daiana.

A mulher asiática revirou os olhos e estalou os dedos indicando o balcão. Segui até ela amarrando meus cabelos num rabo de cavalo.

- A casa está cheia e você, querida será a caixa do dia!

Fiz cara feia para ela.

- Pode ser meu último dia e você está me deixando aqui!
- Pode não ser.

Ela deu duas batidinhas no meu ombro e entrou na cozinha.

Todos ali no restaurante estavam conversando e o assunto principal, claro que era A escolha. Já se passaram os dez anos de pausa e agora teriam novos escolhidos que esse ano era para quem está entre vinte e trinta anos. O meu caso.

Muitos estavam animados e confiantes. Eu não sentia nada, até porquê já quebrei uma das regras e não seria escolhida.

Era uma chance em um milhão.

Minha cidade foi escolhida esse ano entre cem cidades do país e cinco pessoas seriam levadas.

Anotei pedidos e levei para a cozinha.

- Dona Daiana? Aqui está!

Ela viu os pedidos e sorriu.

- Faz você, é o pedido mestre seu.

Ela animada foi para o caixa. Para ela, era melhor ficar no caixa do que cozinhar. Cozinhei os pedidos especiais e numa bandeja levei os quatro da vez.

Levei para um grupo de quatro pessoas e eles agradeceram. Fiquei assim o dia todo e parte da noite, boa parte do tempo na cozinha.

- Foi um bom dia. Espero que volte amanhã.

Peguei o dinheiro da mão dela e agradeci. Segui para fora em direção a minha casa.

Todos ao meu redor comentavam e estavam animados com a escolha de amanhã. Havia um telão no centro da cidade que mostraria os rostos de quem era escolhido, porém só revelariam depois que fossem levados para evitar alarde.

Andei quase dois quilômetros e cheguei em casa, que era basicamente um prédio de cinco andares, era bem simples, mas era muito para algumas pessoas. Subi as escadas até o quarto andar e abri a terceira porta a esquerda, dei de cara com minha mãe já colocando os pratos na mesa.

Minha mãe era uma mulher de cabelos escuros lisos acima dos ombros, usava ela um vestido floral e esbanjava um sorriso largo.

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