Capítulo 7

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Aurora

Entramos na sala e ela estava vazia, havia apenas algumas ferramentas no chão e uma maleta com uma garrafa de água ao lado.

A sala estava uma bagunça, vi Nathan de costas para nós mexendo em um dos computadores. Uma fumaça cinzenta saía de um dos canos também..

- Nathan?

Nathan se virou e gelou onde estava ao ver Dexter ao meu lado.

- Vim falar com o senhor, Nathan. A mando de minha mãe.

Franzi o cenho ao perceber a mudança de expressão de Nathan.

- Deixe eu terminar isso.

Não demorou cinco minutos e o computador se desligou e o cano parou de soltar fumaça.

- Volto logo.

Disse Nathan passando por mim e saindo com Dexter. Me vi sozinha na sala sem saber o que fazer.

Segui até a mesa onde havia uma planta dessa parte da nave , havia um círculo vermelho onde estávamos. Vi também uma palavra escrita no canto da planta.

Z-01

O que era aquilo?

As portas de vidro se abriram novamente e vi Nathan. Dexter já havia partido.

- Bom! Vamos começar um pouco do seu treinamento de um jeito mediano já que meu filho fez questão de deixar mais difícil pra você a jogando no espaço.
- Falando nisso...desculpa, não deveria ter aceitado.
- Sei como meu filho pode ser convincente. Não foi sua culpa.

Ele me entregou um relógio onde havia uma tela quadrada. Mas em vez de horas, havia algumas informações nele sobre a nave.

- Vai precisar disso nos próximos dias, imagino que Susana deu apenas um trabalho básico.
- Eu vi algumas coisas na terra.
- Bah! Intediante. Vem comigo e você vai me ajudar com essa sala.

Olhei em volta procurando defeitos. Tudo parecia limpo e bem conservado.

- O que tem de errado com ela?

Ele deu um sorriso balançando a cabeça.

- Verifique o oxigênio.

Olhei para o relógio e vi que estava abaixo do que deveria ser considerado normal.

- Porquê está tão baixo?
- Um acidente que aconteceu há três meses.
- Alguém se machucou?

Ele assentiu com pesar.

- Entraram sem permissão e uma garota voou pelo espaço quando a porta de segurança se abriu quando ela tocou a palma e a tela não reconheceu sua biometria.

Arregalei os olhos olhando para a sala onde há poucas horas saltei para o espaço.

Eu poderia ter morrido!

- Uau! Deve ter sido difícil pra família.
- E foi. Não sei se sabe, mas não podemos ter mais de um filho. Se o filho foi condenado a morte por um crime e morto, aí você pode ter outro, se sofreu uma doença grave...também.

Caminhei até a mesa e estava uma bagunça.

- Está aqui o dia todo para consertar?
- Estou!
- Sozinho? Não tem pessoas para ajudá-lo?

Ele sorriu.

- Nem todos iriam ser compreensivos como você. Se veem isso, a pessoa começa a ver coisas onde não tem. Como a destruição da nave.

Olhei ao redor e não haviam indícios de um acidente.

- Você consertou tudo o que foi quebrado ?
- Sim e estou já finalizando, só falta a oxigenação desse lugar que está doida.

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