Capítulo 4

22 5 74
                                        


⚠️ Diálogos meio pesados com relação a violência sexual!
Se for sensível, pule!

Seguimos primeiro para a sala de registros. Prometi a minha mãe que se eu fosse escolhida iria saber sobre minha avó, pela sua idade imaginava que ela ainda estaria viva, e as condições da nave eram favoráveis com a vida.

A sala de registros não era tão grande e havia somente uma pessoa atrás do balcão.

- O que, quer Dylan?

Resmungou a mulher de meia idade.

- Bom dia pra você também, Marta.

Ela revirou os olhos e olhou diretamente nos olhos de Dylan.

- O que você quer?

Ele sorriu e apontou para mim.
A bancada era tão alta que provavelmente ela não me viu pelo balcão bater em meus olhos.

- A lindinha aqui quer saber de uma parente que veio para cá há vinte anos.

Ela se levantou e viu a mim.
Sorri.

- Escolheu ele para ser seu responsável? Deveria repensar menina.

Ela se sentou novamente e pensei seriamente em repensar , mas Dylan parecia mais aberto do que as outras pessoas. Ele deve ter seus segredos, mas provavelmente se eu perguntar, ele vai falar.

A mulher cantarolou apertando os botões do teclado e sorriu.

- O nome da mulher?
- Mary Castro.

Ela digitou e ergueu as sobrancelhas.

- Uou...As notícias não são boas.

Fechei os olhos ao ouvir a notícia.

Saí da sala com os olhos queimando, parei em frente a parede de vidro que dava vista para o espaço. O infinito espaço...vazio e cheio de vida ao mesmo tempo.

- Sinto muito, Aurora.

Encarei Dylan.

- Quando posso ir vê-la?
- Amanhã será melhor, hoje é melhor focar em você mesma e quando se estabilizar eu te levo lá. A nave é grande e você pode se perder.

Assenti e indiquei o corredor.

- Me mostra a nave então.
- Não quer falar sobre isso?

Ele parecia falar sério, mas eu não queria ele sério. Pela primeira vez queria que ele fosse idiota.

- Não. Vamos.

Ele assentiu e então sorriu.
Ótimo. Não queria falar sobre o que acabei de descobrir.

- Me diga, o que você mais se identifica de todos os grupos?

Dei de ombros.

- Não sei...realmente não sei.
- Você se daria bem no azul.
- O grupo do seu pai? Todo mundo da sua família é azul também?

Ele balançou a cabeça em negativa.

- Minha mãe era um amarelo.

Era...

- Sinto muito.
- Tudo bem, afinal ela morreu dando um presente. Eu.

Comentou com um sorriso, mas era um sorriso preso.

- Me irrita você ser feliz o tempo todo sabia?
- Eu sou essencial para esse lugar!
- Para irritar todos, isso sim! Não vi uma pessoa ficar feliz com você na presença deles.

Ele deu uma risada.

- Fora minha ex, todos adoram a mim e sentiriam falta das minhas travessuras.

Inclinei a cabeca para o lado quando paramos para pegar o elevador.

Eco da esperança Onde histórias criam vida. Descubra agora