Capítulo 10

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Aurora

Eu havia sido estuprada pelo meu pai e minha mãe permitia. Aparentemente minha mãe tem dedo pobre para homens...

Minha avó descobriu e indagou minha mãe uma semana antes de sumir. Mas ela claramente estava muito apaixonada, minha avó ganhou minha guarda. Por uma semana apenas fiquei segura e depois de seu sumiço eu voltei para minha mãe, ele continuou, mas quando tive uma certa idade, adoeci gravemente e passei um mês no hospital. Meu pai foi preso e morto na cadeia. Fui liberada do hospital e os policiais ameaçaram minha mãe que se acontecesse algo novamente ela seria presa.

Aparentemente não durou muito...anos depois ela trouxe para casa o padrasto na qual matei e quase morri no processo.

Definitivamente minha vida inteira foi da minha mãe cometendo erros e pensando apenas em si.

Fiquei chocada olhando para Dylan. Ele estava com as bochechas coradas e desviava o olhar em cada palavra difícil.

Ele não era mesmo uma má pessoa.
Ele era respeitável.
Não se importava de eu estar de regata.
Não fez nenhuma gracinha de mal gosto com piadas para sexualizar.
Ele acima de tudo...
Não passou a mão em mim em nenhum momento. Ele poderia abrir a porta do banheiro e me ver nua como meu padrasto fez, poderia rasgar meus vestidos, poderia me violentar que ninguém ouviria...

Eu poderia confiar nele. Não é?

- Isso é...nojento e...apavorante.

Dylan deu um suspiro quando abracei o travesseiro.

- Ei, você está segura e posso garantir que ninguém vai por as mãos em você. Dou minha palavra.

Ergui o olhar.

- Na verdade estava pensando em como você agiu diferente de como Eles agiram. Você teve diversas oportunidades de me machucar e nunca o fez, nem mesmo reagiu quando o bati.

Ele ficou ereto.

- Eu nunca faria mal em uma mulher! Nunca o fiz e nem farei! Ah, já sei!

Ele se levantou e bateu a cabeça na cama. Dei uma risada.

- Irmãos de galo!

Ele revirou os olhos dando um meio sorriso. Ele ficou de pé na minha frente e falou erguendo as mãos.

- ok...e se eu ficar seminu?

Fiz uma careta. E ele...uou! Ele estava tirando a camisa.

- Não precisa se envergonhar.

O encarei com o rosto fervendo e pensando se ele era louco.

- Viu? Seminu e nem tocando em você.
- Isso é algum tipo de psicologia?
- Sim, e acho que pode dar certo. O que acha? Viu! Nem toquei em você e nunca farei. Isso é uma promessa, lindinha.

Fiz uma careta, mas olhei para a tatuagem. Uma árvore sem folhas.

- Porquê da árvore?

Falei apontando para a tatuagem.
Ele deu uma risada.

- Bela mudança de assunto...quando pesquisava sobre a terra vi essa árvore, uma semana depois ela foi cortada. Ela era palco de muitas coisas, ela viu muita coisa e morreu sendo fornecedora de teto para um casal.

O suor se acumulou em minha testa.

- É...é o seguinte!

Elevei o olhar.

- O que?

Perguntei.

- Vou ficar assim o tempo todo quando estivermos no quarto, fazendo você se sentir a vontade.
- Isso me deixa muitas coisas, menos a vontade.

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