Capítulo 2

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Aurora

Quando cheguei a praça central, todos os jovens estavam lá conversando entre si. Iríamos ficar aqui por dez minutos apenas para o rastreador ver nossos rostos, identificar e então esperariamos.

Quando o relógio bateu onze da manhã, o relógio soou e todos ficaram em silêncio. Homens e mulheres vestidos de preto que trabalhavam para o governo vieram na nossa direção com uma máquina, eles apontavam na direção dos nossos olhos e quando o aparelho apitava eles liberavam o jovem.

Vi alguns dos jovens seguirem temerosos para o lado de fora da praça, que estava cheia de vários policiais armados. Pessoas que não estavam na idade exigida nos observavam, estavam tão em silêncio quanto nós.

Uma mulher apontou o objeto para minha cara e uma luz azul se acendeu escaneando meu rosto e então se apagou apitando. Estava feito.

- Pode ir.

Segui para fora da praça.
Não sabia como os escolhidos eram levados, ninguém sabia como. Mas também havia outra preocupação para mim. Pessoas más...

Haviam várias pessoas que eram contra esse sistema e costumavam provocar confusão no dia da escolha. Por isso apertei o passo e baixei a cabeça sem querer chamar atenção.

Continuei andando para fora da praça que estava movimentava e cheia.

Mesmo com os policiais formando uma corrente humana em volta da praça, não daria conta de tantas pessoas. Eles estavam ali para apenas evitar o máximo que podiam.

De esguelha vi um homem de casaco preto olhar na minha direção.

Ah não...

Continuei a andar mais rápido e tentando desviar a atenção do homem sobre mim.

Olhei para o outro lado e então vi que ele ainda me seguia. Ele tinha cabelos escuros , pele clara e tinha parentesco asiático.

Ele era esperto e estava afim de confusão.

Um tiro soou e então corri, assim como todo mundo. Vi uma garota loira cair no chão e um homem pisar nela ao tentar fugir.

Fui até ela e a ergui do chão.

- Aí!

Gritou ela com a mão sobre a barriga.

- Vamos! Você não pode ficar aqui!

Olhei ao redor e não vi o homem.
Bom...

- Me ajude...

Murmurou ela.

Segui até um beco e a deixei ali no chão me agachando ao seu lado.
A praça ainda estava o caos e a polícia já estava reagindo com suas armas.

- Obrigada.

Encarei a mulher loira.
Ela era magra e baixa, tinha cabelos lisos até a cintura e olhos de um azul cinzento.

- De nada, mas não podemos...
- Bom dia.

Me virei ao ouvir a voz.
Era o homem que me seguia...

A garota se empertigou.

- Fique.

Murmurei antes de me levantar devagar aonde estava agachada.

- Sua mãe não te ensinou a respeitar mulheres?

Ele sorriu.
Vi que em seu quadril tinha uma arma.

Senti algo gelado em minha nuca.
A garota gritou.
Girei e pus a mão no pulso do desconhecido ao mesmo tempo em que ergui o joelho e puxei seu pulso. O homem ofegou.

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