Caled observou Rafael de longe enquanto ele distribuía comida há alguns jovens famintos e dependentes químicos que pelas ruas costumavam dormir, porém antes mesmo que pudesse descer para encontra-lo, Rafael o sentiu e se pôs atrás dele.
- Caled Ferhell, o bastardo miserável.
Caled sorriu.
- Eu me ofenderia se o que dissesse não fosse verdade, mas é.
- O que quer aqui? Não me diga que alguma de suas vitimas está entre os meus?
- Não Rafael, bem sabe que tenho me mantido afastado.
- Eu sei, porém um vicio sempre é um vicio, o que deseja?
- Preciso da sua ajuda, da mesma forma como aquela vez você precisou da minha, está me devendo uma se bem me lembro.
Rafael sorriu.
- Eu sabia que um dia iria me cobrar por ter ajudado aquele rapaz, tudo bem, sou todo ouvidos, apesar de não jogarmos no mesmo time, nunca tive problemas com você e na realidade não entendo por que de tanto desafeto.
Caled voltou a sorrir.
- Respeito sua humildade e tranquilidade, dos anjos que conheço és o mais sincero e benevolente.
- Escolhi viver entre os humanos por causa disso, gosto de me sentir útil, mas me diga, do que precisa?
Caled suspirou pesado e olhou para baixo negando-se a olhar nos olhos de Rafael.
- Do seu sangue.
- O que? Ficou louco? Sabe que não posso lhe dar isso, vai contra tudo!
- Não precisa me dar se não quiser, pode apenas vir comigo e dar a quem precisa.
- Dar a quem precisa? Por que eu sinto que devo perguntar quem é essa pessoa?
- É alguém importante, e não será um crime o que fará, pois ela é uma "dos seus".
- Uma dos meus? É uma dependente química? Doente ou sem teto?
- Não, quando digo uma dos seus me refiro a o que você é.
Rafael pareceu ficar confuso.
- O que está me escondendo Caled? Do que se trata isso? Sabe que não há outros como eu andando entre os humanos, há menos é claro aqueles que estão em missão e não podem ser vistos pelos comuns.
Caled voltou a suspirar e esfregou as mãos no rosto.
- Eu posso te mostrar se quiser, mas vai ter que confiar em mim.
Rafael olhou para a mão estendida em sua direção, dar a mão a Caled era correr um grande risco, como ele mesmo tinha dito os dois não andavam pelo mesmo caminho e ele não sabia se isso não era algum tipo de armação, mas preferiu confiar nos seus extintos, Caled nunca tinha lhe feito mal e certamente não seria hoje que o faria, ele conseguia sentir seu coração batendo no peito, não havia mentira em sua fala, ele realmente precisava de ajuda.
- Tudo bem.
Rafael aceitou o convite e mais do que de repente os dois se tele transportaram para o hospital, Rafael olhou tudo em volta vendo que as pessoas tinham sido congeladas por Caled, caminharam até uma vidraça onde uma garota dormia em uma cama.
- O que ela tem?
- Ingeriu sangue de demônio, por engano é claro, foi enganada.
- Enganada por quem?
- Karen, Ágares a enviou para enlouquecê-la e matá-la.
- E por que Ágares se importaria com ela?
- Ele acredita que é por causa dela que eu me afastei do meu oficio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Alicia e o Condenado
RomanceAté onde você seria capaz de ir por amor? Seria capaz de entregar sua alma? De condenar seu corpo as chamas? Seria capaz de morrer por quem ama? As vezes nossas fantasias infantis podem se tornar grandes pesadelos e talvez viver entre os limites do...