16º capítulo

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Caled observou Rafael de longe enquanto ele distribuía comida há alguns jovens famintos e dependentes químicos que pelas ruas costumavam dormir, porém antes mesmo que pudesse descer para encontra-lo, Rafael o sentiu e se pôs atrás dele.

- Caled Ferhell, o bastardo miserável.

Caled sorriu.

- Eu me ofenderia se o que dissesse não fosse verdade, mas é.

- O que quer aqui? Não me diga que alguma de suas vitimas está entre os meus?

- Não Rafael, bem sabe que tenho me mantido afastado.

- Eu sei, porém um vicio sempre é um vicio, o que deseja?

- Preciso da sua ajuda, da mesma forma como aquela vez você precisou da minha, está me devendo uma se bem me lembro.

Rafael sorriu.

- Eu sabia que um dia iria me cobrar por ter ajudado aquele rapaz, tudo bem, sou todo ouvidos, apesar de não jogarmos no mesmo time, nunca tive problemas com você e na realidade não entendo por que de tanto desafeto.

Caled voltou a sorrir.

- Respeito sua humildade e tranquilidade, dos anjos que conheço és o mais sincero e benevolente.

- Escolhi viver entre os humanos por causa disso, gosto de me sentir útil, mas me diga, do que precisa?

Caled suspirou pesado e olhou para baixo negando-se a olhar nos olhos de Rafael.

- Do seu sangue.

- O que? Ficou louco? Sabe que não posso lhe dar isso, vai contra tudo!

- Não precisa me dar se não quiser, pode apenas vir comigo e dar a quem precisa.

- Dar a quem precisa? Por que eu sinto que devo perguntar quem é essa pessoa?

- É alguém importante, e não será um crime o que fará, pois ela é uma "dos seus".

- Uma dos meus? É uma dependente química? Doente ou sem teto?

- Não, quando digo uma dos seus me refiro a o que você é.

Rafael pareceu ficar confuso.

- O que está me escondendo Caled? Do que se trata isso? Sabe que não há outros como eu andando entre os humanos, há menos é claro aqueles que estão em missão e não podem ser vistos pelos comuns.

Caled voltou a suspirar e esfregou as mãos no rosto.

- Eu posso te mostrar se quiser, mas vai ter que confiar em mim.

Rafael olhou para a mão estendida em sua direção, dar a mão a Caled era correr um grande risco, como ele mesmo tinha dito os dois não andavam pelo mesmo caminho e ele não sabia se isso não era algum tipo de armação, mas preferiu confiar nos seus extintos, Caled nunca tinha lhe feito mal e certamente não seria hoje que o faria, ele conseguia sentir seu coração batendo no peito, não havia mentira em sua fala, ele realmente precisava de ajuda.

- Tudo bem.

Rafael aceitou o convite e mais do que de repente os dois se tele transportaram para o hospital, Rafael olhou tudo em volta vendo que as pessoas tinham sido congeladas por Caled, caminharam até uma vidraça onde uma garota dormia em uma cama.

- O que ela tem?

- Ingeriu sangue de demônio, por engano é claro, foi enganada.

- Enganada por quem?

- Karen, Ágares a enviou para enlouquecê-la e matá-la.

- E por que Ágares se importaria com ela?

- Ele acredita que é por causa dela que eu me afastei do meu oficio.

Alicia e o CondenadoOnde histórias criam vida. Descubra agora