20

1.6K 198 452
                                    

Quando eles saem do banheiro e passam pela garota, ela não os olha nos olhos e parece que está quase entrando em combustão espontânea, antes de correr para entrar batendo alto a porta.

Richarlison acha que não deve estar muito diferente dela agora.

Porém, Son não parece nenhum pouco incomodado.

Com um grande sorriso nos rosto parecendo mais sóbrio e relaxado do que o brasileiro já tinha lhe visto, mesmo que esteja com lábios inchados, bochechas vermelhas, roupa amassada e uma óbvia ereção no meio das pernas.

O coreano segura seu pulso em uma das mãos e na outra a garrafa de Jack Daniel's,  enquanto segue um caminho diferente do que leva de volta para a sala e a festa.

Há poucas pessoas pelos corredores que eles passam e Son não tem vergonha de responder os cumprimentos e parabenizações deles sorrindo largo com Richarlison lhe seguindo aos quase tropeços. Além de parar para entregar a garrafa que tinha a algum cara que o brasileiro não conhecia, com um "Entrega isso pro Porro, por favor. E diz que ele quem vai repor esse depois."

Estamos indo embora? — O brasileiro questiona quando percebe que eles estão contornando a casa pelo terreno do quintal, evitando passar diretamente pela parte mais movimentada da festa.

— Só se você quiser, mas acho que não aguento chegar até o dormitório sem te tocar de novo. — Son admite, enquanto eles caminhavam rua acima, afastando-se da casa ainda cheia.

Quando eles param ao lado do carro do mais velho, ainda era possível ouvir a música alta da festa mas a rua estava vazia, fora mais alguns poucos carros também estacionados por lá.

Son destrava a porta de trás do seu carro e a segura lhe esperando entrar com olhos inquietos e ansiosos.

Richarlison engole um nó de ansiedade que estava alojado em sua garganta, e seca suas mãos suadas na calça antes de entrar calado, logo sendo seguido pelo outro.

Ele mal pode ouvir o som da porta do carro sendo fechada antes de sentir os lábios de Son novamente nos seus.

Como o coreano poderia parecer ainda mais faminto do que quando eles estavam no banheiro, Richarlison não sabe dizer.

Mas não é como se ele fosse reclamar disso.

Suas mãos estão puxando a jaqueta do time que Son usava sobre os braços dele, antes mesmo que ele pudesse notar a sua afobação e pressa por mais pele do mais velho para ser tocada.

Son separa suas bocas apenas para rir do gemido de satisfação vitoriosa que o brasileiro soltou quando, finalmente, conseguiu jogar a jaqueta no chão do carro.

Mas Richarlison não perde tempo reclamando com ele, logo ocupando-se em puxar a gola da camisa que ele usava para ter mais espaço em sua missão de explorar o pescoço alvo do outro.

— Quem ver isso pode acabar pensando que o idiota apaixonado esse tempo todo era você e não eu. — Son provoca com as mãos sob suas roupas novamente, deixando a pele onde toca em brasas.

— Você fala demais, hein Jagiya. — Richarlison resmunga de volta em zombaria no ouvido do mais velho, antes de chupa a pele de seu pescoço e raspa os dentes ouvindo Son gemer alto.

Ele faz isso de novo e de novo até que Son esteja choramingando. E ele satisfeito com a pintura abstrata que fez em seu pescoço, agora não mais tão branco.

Quando termina, Son lhe olha com olhos cerrados e ofegante, o puxando para mais alguns beijos antes de separar-se e pular para o banco da frente, procurando por algo no porta-luvas.

O que (NÃO) fazer com o crush da sua crush | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora