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Quando acordou, Richarlison levou dois segundos para lembrar de onde estava(e porque estava lá), em meio a escuridão do cômodo.

Son ainda suspirava relaxado no seu pescoço, com metade do seu peso sobre o pobre corpo dolorido do brasileiro, que teve que esforçasse mais do que imaginava para conseguir separar um pouco aquele grande idiota de cima de si. Para assim, finalmente, conseguir alcançar o abajur e celular ao lado da cama.

O coreano choraminga um pouco sozinho em seu sono, porém não volta a tentar agarrar-se.

E Richarlison agradece aos céus enquanto olha o horário e percebe que não é muito mais cedo que o seu habitual horário de acordar, para começar a preparar-se para o dia.

Richarlison corre para o banheiro do coreano para aliviar sua bexiga e depois escova os dentes tentando ignorar o fato que Son não tinha movido a escova que o brasileiro usou da outra vez do lugar ao lado da sua, na pia.

Rumando a cozinha enquanto respondia as poucas mensagens dos outros brasileiros, os tranquilizando ao confirmar que sim, ele havia dormido no dormitório de Son e encontraria com eles mais tarde, antes das aulas. O brasileiro segue direto para a cafeteira de rico do coreano, escolhendo um sachê qualquer de sabor.

Apenas em busca de um pouco de cafeína para começar o dia bem.

Ocupando-se em distrair-se no Instagram enquanto a sua xícara de café não ficava pronta, Richarlison quase não notou a chegada do coreano ao cômodo.

— Por um segundo eu achei que estava sonhando e que você não tinha dormido comigo de verdade. — Son fala com voz rouca pela falta de uso das últimas horas e o brasileiro quase pula de susto.

Que susto! — Ele exclama. — Tá tentando me mata do coração?

Son ri parando em sua frente, com rosto lavado e cheirando a pasta de dente.

— Sinto muito.

— Bom dia pra você, Korean idiota. — Richarlison zomba.

— Bom dia, Jagiya. — Son responde, segurando suas bochechas com cuidado e  lhe dando um selinho rápido.

Richarlison volta sua atenção para o seu café já pronto, ignorando o sorriso brilhante de Son quando não foi empurrado depois do "beijo".

É apenas um selinho, não significa nada.

Ele repete para si mesmo, lembrando-se que já tinha beijado o coreano antes, então algo que não é muito mais que um simples roçar de lábios, não é nada comparado.

E definitivamente não devia deixá-lo envergonhado tão cedo.

— Nunca vou entender como vocês brasileiros conseguem tomar café tão cedo. — Son diz divertido assistindo Richarlison beber um longo gole da sua xícara apesar da bebida estar bem quente.

— É porque o dia não começa de verdade até tomarmos café.

Richarlison brinca e Son bufa um riso, pegando a xícara da mão do brasileiro e ele mesmo tomando um pequeno gole também, antes de depositar o resto na bancada ao lado deles.

Son o circular com seus braços em um abraço forte e descansa sua cabeça no ombro do outro.

— Obrigado por ter ficado comigo ontem.

Hmm… Não se acostume com isso. — Richarlison resmunga abraçando o coreano de volta levemente e afunda seus dedos nos cabelos da nuca dele como no dia anterior.

O mais velho derrete visivelmente sob suas mãos. Seu rosto encontrando o caminho de volta para o pescoço em brasileiro e suspirando relaxado.

Maldito carente.

O que (NÃO) fazer com o crush da sua crush | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora