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visenya pov
O principal objetivo do baile era o total segredo sobre a própria identidade. Todos deveriam usar máscaras. Pensei muito antes de escolher a cor da roupa que eu vestiria.
- Vão ficar com a senhorita, e vão se comportar como os príncipes gentis que são, entenderam? — Avisei principalmente aos mais velhos.
- Onde o sir ellyk está? - Minha filha que se chamava Rhaenyrame perguntou.
Dei uma risada baixa ao escutar o nome de sir Erryk ser pronunciado daquela forma.
- Tirou uma noite de descanso, eu permiti! Mas não deixem essa informação sair desse quarto. — Dei um beijo no rosto das gêmeas.
Andei até Viseryon e segurei em seu pequeno rosto com cuidado.
- Se algo acontecer, procure a mamãe primeiro. Qualquer coisa, entendeu?
O mais velho concordou em silêncio e se sentou na cama do quarto. A servente estava penteando os cabelos de Alysanne, Vaegon dormia feito pedra. Aegon e Aemma estavam discutindo sobre quem era o preferido do avô Baratheon. Viseryon e Ryker agora estavam do lado da irmã Rhaenyra, conversando sobre seus dragões.
(...)
Quando entrei no salão grande e escuro, fora como se tudo fosse novo. Ninguém me apresentou, ninguém sabia quem eu era. Eu costumava chamar atenção por onde ia, mas o salão era tão escuro que dificilmente enxergariam meus olhos violeta e meus longos cabelos prateados. A única peça que chamava atenção em mim era o meu longo e decotado vestido verde que eu havia escolhido para a ocasião. Percebi os olhares de satisfação de alguns convidados, obviamente de pessoas que apoiavam o Aegon como herdeiro. Risadas, gemidos baixos e o barulho dos sapatos se batendo no chão eram abafados pela música alta que estavam tocando. Observei as poucas pessoas que consegui reconhecer naquele breu, vi minha tia Helaena, que estava com um vestido semelhante ao dela e meu tio Aemond, era raro homens com um cabelo tão longo como o dele, e seu único olho era uma característica obviamente marcante.
- Com licença, senhorita. - A voz era baixa mas o tom continuava grosso.
A dono da voz segurou a minha mão com delicadeza e me puxou para mais perto.
- Me concederia essa dança, princesa? - A última palavra entregara o pretendente.
Balancei a cabeça em negação sem soltar a mão do dono da voz.
- Nada de princesa aqui... Não nos conhecemos. — Sussurrei.
Apoiei minhas mãos no ombro do homem com certa rapidez, já Erryk tivera certa dificuldade para colocar suas mãos em minha cintura.
