Cap.23: Para Sempre

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Paris - France

Point of view Justin Bieber 08:34 a.m.

Ajustava a gravata listrada do meu terno de frente pro grande espelho que havia no quarto. O cabelo já estava pronto e faltava somente os acessórios. Relógio e anéis.

Quando me perfumo olho para trás e vejo a Laura esparramada pela cama ainda dormindo. Não queria acordá-la, mas eu tinha que ir a uma reunião em importante. Pensei que depois o Frederico, motorista particular, viesse buscá-la pra ir ao museu do Louvre.

Inclusive acabo lembrando de um presente que pretendo dá pra ela. Com certeza vai adorar.

Ajeito os botões da camiseta e me aproximo da mesa, checando os papéis antes de colocá-los na mala. Quando sou surpreendido por um caloroso abraço logo por trás.

— Bom dia. Pra onde vai fugir sem mim? — Perguntou em meu ouvido e dei um sorriso, me virando e lhe encaro. Uau. Tive a melhor visão do meu dia.

— Você estava num sono profundo que não quis te acordar. Estou indo pra reunião. — Ela concordou e desci meu olhar até o seu decote com aquela camisola preta de cetim.

— Sim.

— Sei também que você não quer ir, afinal deve ser muito chato. — Ela negou e sorriu.

— Não, eu quero ir sim. Quero ver como funciona de perto esse mundo dos negócios. — Enrugo a testa quando vejo ela pegando o roupão e se dirige pro banheiro.

— Por quê?

— Eu quero montar minha galeria de arte em breve. Serei CEO do meu próprio negócio, então... Quero saber como funciona. — Quando ela termina de falar eu fico sem palavras. Ela quer o quê?

— Você... Quer montar uma galeria de arte? Pra quê? — Ela me olha antes de entrar no box.

— Eu sou pintora e quero mostrar o meu trabalho. — Fiquei calado quando ela me deu as costas e foi tomar banho.

Isso ficou remoendo na minha cabeça, mas não quis parecer chato. Conversava com ela depois sobre isso.

Me sento em uma das cadeiras estofadas que havia na sala do apartamento e apoio meus braços nos joelhos, pensando nisso que ela acabou de falar. Não quero ser chato, mas ver que ela quer ter sua independência financeira me deixa com um pé atrás. De fato nem sei porque ela tá pensando nisso, ela não precisa trabalhar. Eu posso dá tudo o que ela quiser e ela pode ter tudo o que desejar.

Não demorou muito até ela surgir na sala vestida elegantemente a altura de uma reunião digna. Uau.

— Vamos? — Sorrio amarelo e dou passagem pra ela ir a frente antes de pegar minha pasta executiva.

O motorista abriu a porta do banco traseiro pra ela e em seguida eu entrei, sentando ao seu lado. Noto inúmeras vezes o motorista olhar pra ela pelo retrovisor do meio. Rolo os olhos e observo os pontos de cada rua de Paris.

Point of view Laura Sanders 10:03 a.m.

A reunião era sobre um hotel cinco estrelas em um terreno nas margens do museu do Louvre. Ontem eu visitei o museu e fiquei encantada com cada obra, apesar de que pra visitar tem que agendar o Justin moveu uns pauzinhos e a direção do museu me deixou entrar.

Ali foi o meu primeiro momento de privilégio na vida. Com alguns euros e acompanhada de um executivo milionário foi tudo mais fácil, ali eu tive a certeza de que sem dinheiro a pessoa não é nada nesse mundo onde pessoas como o Justin vivem. Nem mesmo sequer pode visitar um museu.

O Justin irá acompanhar o início da obra que começa amanhã e na sexta feira iremos pra Suíça. A passagem pela Suíça é o interesse do meu marido numa empresa de máquinas metalúrgicas. Um assunto que não tô muito por dentro, mas só ouvi a frase preciso de uma máquina de perfuração.

MurderingOnde histórias criam vida. Descubra agora