Cap.33: "Tesseract"

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P.O.V Laura Sanders 19:27 p.m.

Santa Monica - LA

O Justin me olhava sério a espera de uma resposta e a minha voz havia sumido. Meu raciocínio lógico pifou e engoli em seco enquanto ele me olhava.

Vai, Laura. Não seja medrosa. Mandou meu subconsciente e respirei profundamente antes de lhe dirigir a palavra novamente.

— Você tá bem? — Ele perguntou e dei um sorriso amarelo.

— Sim, estou sim... Ah... — Abri a boca pra falar e gelei, mas tudo bem, eu ia falar. — Sabe que é... Eu... — Fechei os olhos e respirei fundo. Ele me olhava como se eu fosse um ET. — Eu tô grávida. — Assumi e ele enrugou a testa, sua expressão mudou em pouco menos de um segundo. Simplesmente havia travado diante de mim e juro que estava com medo do que poderia sair de sua boca.

— O que? — O Justin parecia não raciocinar. — Tá brincando comigo?

— Não... Não tô brincando não. Eu tô grávida. — Falei novamente e dessa vez sentei no sofá, ele ficou ainda de pé, processando minhas palavras.

— Eu tô... — Ele começou a falar nada com nada e em seguida pareceu voltar a realidade. — Você está grávida? — Mais animado, dessa vez ele perguntou e isso me arrancou um sorriso. Ele se ajoelhou perto de mim e tinha um lindo e largo sorriso em seus lábios, junto dos seus olhos preenchidos de lágrimas de felicidades. — Meu Deus! Eu não acredito... Você tá grávida? — Concordei, sorrindo e ele fez algo que eu não esperava, porém estava morrendo de saudades. Ele me beijou. Segurando em meu rosto, ele me beijou com tanta intensidade, que eu não queria saí dali nunca mais. Eu o amava tanto. — Não faz ideia do quanto estou feliz. — Disse, sorrindo com muita alegria e meu coração se encheu de amor e luz com sua reação. Achei que ele iria duvidar.

— Eu também estou feliz. Fui hoje a primeira ultrassonografia. — O Justin enrugou a testa e ficou de pé.

— Hoje?

— Sim, depois do almoço fomos até um posto mais próximo. — Ele segurou na minha mão e me fez levantar.

— Por quê não me contou antes? Eu teria ido junto ou te levado pra fazer um acompanhamento melhor. — Umedeci os lábios e baixei o olhar.

— Eu só evitei mais decepção. — Sua expressão entristeceu e prossegui: — Você não queria nem olhar na minha cara, imagina se eu tivesse falado e você jogasse na minha cara que o filho não seria seu, como acha que eu iria reagir? — Ele ficou em silêncio e me observando torto. Era isso que eu estava pensando.

— Eu não...

— Se quiser fazer um exame de paternidade a gente faz amanhã mesmo. — Lhe interrompi e ele deu uma risada baixa, se aproximando de mim enquanto segurava em meu rosto.

— Não será preciso, eu acredito em você. É óbvio que esse bebê é meu. — Ele falou tão pertinho de mim, que foi impossível de não se derreter. Suas mãos foram parar na minha barriga. — Eu tô tão feliz... Não faz ideia.

— Quando ainda estava na sua casa e passamos uns dias sem manter contato, eu fiz o teste de farmácia... Deu positivo. Daí no dia seguinte tudo piorou e tivemos que ir embora da sua casa. — O Justin baixou a cabeça e engoli em seco. — Bem, não vamos falar disso... Vamos jantar? — Mudei o assunto e ele arqueou as sobrancelhas.

— Não, eu...

— Vem. — Lhe puxei pra cozinha e a minha tia estava terminando de postar a mesa. Era escondidinho de carne seca, arroz e salada.

— Fiquem a vontade. Tive que esquentar tudo novamente. — Disse ela e sentei em uma das cadeiras. — Senta filho, pode ficar a vontade.

— Ah... Sabe que é...

MurderingOnde histórias criam vida. Descubra agora