Murdering

Cap.26: Birthday

Los Angeles - LA

Point of view Laura Sanders 07:38 a.m.

A mansão estava muito movimentada aquela hora da manhã. Havia muitos arranjos de flores por todos os lugares, as decoradoras da festa da dona Patricia estavam ajeitando tudo. Tudo estava ficando tão lindo.

Desci os últimos degraus da escada e o Edgard parou na minha frente, com um largo sorriso no rosto.

— Bom dia, senhora. — Falou daquele jeito adorável que só ele tinha.

— Bom dia. Viu o meu marido?

— Está jogando tênis. — Arqueei as sobrancelhas e dei um sorriso. — E senhora... Mais cedo alguém ligou procurando por você. — Enruguei a testa e me aproximei um pouco mais dele.

— Disse quem era?

— Não, só perguntou pela senhorita. — Fiquei lhe olhando e ele acrescentou: — Mas era um homem. — Ainda assim fiquei sem entender.

— Tá bom... Se ligar novamente você me avise.

— Sim senhora. — Fiquei preocupada com isso. Quem liga procurando por alguém e não deixa nome nem nada?

Quando deixei a sala fui em direção dos fundos da mansão, avistei um monte de cadeiras e mesas brancas. Tinha também gente usando a quadra de esportes e pra minha infelicidade avistei a Emily e outra garota jogando entre os rapazes. Os amigos do escritório do Justin estavam todos lá.

Respirei profundamente inalando o ódio interno e saí dali pra não ter que ver a Emily se exibindo pro meu marido, indo em direção da estufa da dona Patricia. Estava fechada, então dei meia volta e fui pra mansão novamente.

A cozinha estava cheia de comidas lacradas em recipientes adequados. Ali tinha comida pra servir pelo menos umas 500 pessoas. Bizarro como seria grande o aniversário da dona Patricia.

Encontrei com a minha tia ali que ajudava a Dulce numa receita. Elas usavam o fogão menor.

— Oi, filha.

— Oi, tia. — Lhe beijei na cabeça e sorri, observando o que elas estavam fazendo. — O que estão fazendo?

— Uma calda de morango pra mãe da patroa. — Concordei e aquele cheiro doce e enjoativo tava me dando náuseas. — Quer provar?

— Não, obrigada. — Me afastei com a mão na boca e de repente uma forte vontade de vomitar veio a tona. Subir as escadas correndo e entrei diretamente no meu ateliê, indo pro banheiro e na privada coloquei tudo para fora. Segurei meus cabelos e vomitei por cerca de 1 minuto. Era horrível.

— Droga. — Reclamei e sentia como se todos os meus órgãos fossem sair pela boca.

Fiquei de pé ainda meio tonta e saí do meu antigo quarto, indo pro quarto do Justin e fiquei chocada quando vi a Emily lá dentro. Mas que merda? Era só o que me faltava. Ela usava a roupa esportiva e tinha uma bolsa pendurada e uma toalha no ombro. Parecia bisbilhotar o quarto do Justin.

— O que tá fazendo aqui, Emily? — Lhe confrontei e ela se virou rápido. Estava branca e espantada. — Então?

— Ah... Não sabia que esse era seu quarto. Achei que fosse um de hóspedes. — Arqueei as sobrancelhas e cruzei os braços.

— De hóspedes? Não me diga.

— Pois é. A dona Patricia me mandou escolher um quarto de hóspedes pra ficar pelo dia de hoje e achei que esse... Estava disponível. — O que eu mais tinha raiva na Emily era o seu cinismo descarado. Ela tinha uma resposta pra tudo.