Cap.4: Aonde Quer Que Eu Vá

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Point of view Justin Bieber 05:28 a.m.

Los Angeles - LA

Havia passado a noite e a madrugada toda em claro no meu escritório. Levava nas mãos o meu paletó e sapatos quando o deixei. Encontrei com o Edgard apagando os abajures da sala e tomou um susto enorme quando me viu, com direito a olhos arregalados e tudo mais.

— Ah, patrão? — Falou, nervoso e assustado. — De onde vem? O senhor dormiu no escritório?

— Faz um café bem forte e leva pro quarto da minha filha. — Pedi e ele ficou me analisando com medo.

— Sim, senhor. — Então subi as escadas e fui direto pro quarto da Julie, vendo-a dormir no seu bercinho e a dona Selly dormindo na grande poltrona logo ao lado. Dei um sorrisinho quando me aproximei da minha filha e levei sua manta até o seu busto, a cobrindo.

— Sua mãe tá viva... — Falei pra ela e a energia foi tão forte que a mesma deu um sorrisinho enquanto dormia. Meu coração se encheu de alegria.

Olhei em volta e vi as mamadeiras tudo prontinhas, no pote higienizador. A dona Selly era tão cuidadosa e dedicada com a Julie.

— Seu café, senhor. — O Edgard entrou no quarto minutos depois e com isso a dona Selly despertou, ficando um pouco assustada. — Com licença.

— Desculpe, não quis te acordar.

— Tudo bem... — Falou, se sentando melhor e segurou seu cobertor no corpo. — De onde você veio?

— Do escritório.

— Não dormiu? — Neguei, tomando vários goles daquele café que estava do jeito que pedi.

— Não consegui. — Ela arqueou as sobrancelhas e me sentei na ponta da cama. Eu estava tão desnorteado de um jeito que precisava saber disso o quanto antes.

— Você tá esquisito... Aconteceu alguma coisa? Você por acaso tomou banho? — Dona Selly perguntou e suspirei, ignorando suas perguntas.

— Dona, Selly... Me fale da vida familiar da Laura. — Ela arregalou seus olhos e ficou confusa com meu questionamento. — Ela teve irmãos, irmãs? — A mesma engoliu em seco e me olhou preocupada.

— Justin? Por...

— Por favor, responda.

— Certo... Não, a Laura não teve irmãos, nem irmãs.

— O pai dela, teve apenas ela?

— Sim, a Laura foi filha única. — Ela afirmou e fiquei de pé, passando uma mão na cabeça. — Minha irmã, mãe dela, teve apenas ela enquanto ainda tínhamos contato. Faz anos que ela foi embora, então não sei como tá sua vida hoje... Mas o pai da Laura, o Mario Sanders só teve ela de filha. — No que ela cita esse nome, automaticamente eu a encaro. — Porque? O que tá acontecendo?

— O nome do pai da Laura é Mario Sanders?

— É. — Fiquei pensativo enquanto olhava pro chão e ela ficou de pé. — Ei, o que tá acontecendo? Porquê esse interrogatório às 5hrs da manhã?

— Você sabe por onde anda a família dele? Onde moravam e etc?

— Bem... Eu atualmente não sei, mas lembro que além de empresário o avô da Laura, que também se chamava Mario Sanders, era fazendeiro. Eles moravam em Nova York. — Essa informação foi muito importante. Muita coisa tava batendo. — Agora me diz? Porque toda essa curiosidade na vida da minha menina?

— Dona Selly... Eu agora não posso contar, mas eu te prometo que quando eu tiver certeza eu lhe conto alguma coisa. — Ela arregalou seus olhos e olhei pra Julie antes de tomar uma decisão: eu ia investigar a vida do Mario Sanders até a primeira pessoa da sua árvore genealógica.

MurderingOnde histórias criam vida. Descubra agora