Cap.35 No pressure

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Point of view Laura Sanders 09:09 a.m.

Los Angeles - LA

O obstetra olhava atentamente pro monitor da ultrassom e pela sua reação eu não conseguia decifrar muita coisa. Só esperava que estivesse tudo bem com o meu filho. Três semanas havia se passado desde o ocorrido em Santa Monica. Meu corte estava ainda cicatrizando, porém não doía mais como nos primeiros dias.

Entre o Justin e eu, numa escala de preocupação, dava nota 10 pra ele. Sua reação era muito apreensiva, ainda mais com todo o suspense daquele obstetra e o silêncio.

— Então? — O Justin quebrou o silêncio, impaciente e o médico colocou em seguida um papel toalha sobre a minha barriga, pra limpar o gel.

— Tá tudo bem com o filho de vocês. Ainda não dá pra ver a formação genital. Vão ter que aguardar um pouquinho mais. — O Justin me olhou , sério e concordou. — Quanto a gestante, pelos exames apresentados a senhora está com um grau médio de anemia. — Umedeci os lábios e saí da maca, indo até o birô dele. — Vai ter que reforçar o ferro e cálcio na alimentação. Vou passar também um bom suplemento que  vai ajudar também no bom desenvolvimento do bebê. — Concordei e ele ficou de pé, me entregando a receita. — Beba bastante água. É importante. E nos vemos no próximo pré natal.

— Obrigado.

— Obrigada.

— Tenham um ótimo dia. — Saímos do consultório e o Justin segurou na minha mão quando saímos da clínica.

— Tenho que dá uma passadinha na empresa. Você não conhece, né? — Disse ele e dei um sorriso, negando. — Pois vamos até lá. — Ele tirou caminho pra sua empresa e após alguns minutos chegamos. Era um prédio pra lá de bizarro de alto. Merda, olha o tamanho disso.

— Caramba... Olha o tamanho disso. — Estava abismada. — Você que projetou?

— Meu pai. — Ele deu a volta e segurou na minha mão. — O grande Jeremy Bieber projetou esse e mais 7 por Los Angeles inteiro.

— É uma estrutura surreal.

— É sim, mas vamos entrar. — Juntos entramos no prédio e pegamos o elevador. Ele subiu com a gente até um dos últimos andares daquele gigante prédio. Assim que saímos do elevador e pegamos um pequeno corredor, vi várias pessoas trabalhando em suas salas através das janelas de vidro.

— Todo mundo aqui trabalha pra você?

— Grande parte. 80% do prédio é voltado a construtora. Os outros 20% são escritórios de engenheiros que se disponibilizaram a se associar comigo. Digamos que aprendizes. — Sorri com a ideia. Genial. — Todos os projetos passam por mim primeiramente e os que eu não fico responsável eu entrego a eles. De fato nunca falta projeto pra gente. — Concordei e chegamos numa sala menor, tinha uma mulher de cabelos curtos e claros.

— Bom dia, senhor Bieber. Como vai senhora, Bieber? — Ela foi super educada e gentil comigo.

— Bom dia, Beth. Amor, essa é Elizabeth Parker. Minha secretária. — Concordei, sorrindo e lhe cumprimentei. — Alguma ligação?

— O sobrinho do senhor Mario Sanders ligou mais cedo. Deixou recado no porta voz. — Enruguei a testa e o Justin concordou. Mario Sanders?

— Sim. Vem, amor. — O segui até a sua sala e arqueei as sobrancelhas quando notei a estrutura do seu escritório. Uau. — Sente-se. Vou checar aqui os recados e dá um retorno, já já iremos embora.

— Sem pressa. — Passei a andar pelo seu escritório e me aproximei da enorme janela de vidro. A vista pro lado de fora era absurda de linda. Dava pra ver muita coisa de Los Angeles. Uau, que sinistro deve ser trabalhar nesse lugar.

MurderingOnde histórias criam vida. Descubra agora