Cap.34: Falsa Redenção

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Point of view Justin Bieber 14:51 p.m.

Santa Monica - LA

— Você tá brincando comigo? — Não tinha conseguido acreditar no que tinha acabado de ouvir, só podia ser ironia do destino. Que inferno.

— Não, eu não tô brincando. Foi a pessoa mais próxima que conseguimos e visto que a Laura tem pouco tempo de vida, não podemos descartar. — Ele falou e era verídico, a minha mulher tinha pouco tempo de vida, mas porra. Logo o Tyler? Justo o Tyler? — Eu sei das desavenças entre vocês, mas pense bem, Justin. O Tyler tá pronto, já fizemos exames e tá tudo bem. Chegaremos aí em menos de 1 hora, se eu entrar em contato com Houston levará horas pra bolsas de sangue chegar por aqui. — Fiquei em silêncio processando tudo o que ele falou e não podia ser tão egoísta e mesquinho a esse ponto. A vida da minha mulher e do meu filho valia mais que qualquer coisa.

— Tudo bem. — Aceitei e concordei. — Eu quero falar com ele. Você pode passa o celular?

— Sim, ele acabou de sair do consultório. Tyler, pra você. — Ele diz quando o verme se aproximou e travei o maxilar. — Olá. — Pude perceber seu tom sarcástico do outro lado e fechei o punho automaticamente.

— Como eu sei que você vai pedir alguma coisa em troca é melhor logo ir adiantando. Temos pouco tempo. — Fui direto. Sabia bem que esse cretino não ia ajudar a Laura por boa vontade, apesar dele gostar dela, no fundo ele prefere ver ela morta do que comigo.

— Nossa, apesar de não sermos mais amigos, você continua sabendo como eu sou. — Rolei os olhos e ele deu uma risadinha. — Mas bem, como você disse, não temos muito tempo, então vou ser direto.

— Pode falar.

— Eu quero a presidência da empresa Bieber. — Arqueei as sobrancelhas. Canalha. — Você vai renunciar, vai dizer que quer ficar um tempo afastado e vai me nomear. — Umedeci os lábios e dei um sorriso estranho, mas ainda assim concordei.

— Feito. — Entregava de boas, não é o que ele tanto quer? Depois eu monto um escritório pra mim e tudo se levanta novamente.

— E o seu divórcio com a Laura. — Travo a mandíbula e agora assim a porra tinha ficado séria. — Vocês vão se divorciar.

— Pra quê você quer o meu divórcio com a Laura? Ela não te ama nem tampouco te quer, o que isso vai te beneficiar?

— Concordo que ela não me queira, mas vou me beneficiar com o fato de não vê mais vocês dois juntos. Sabe, me dá náuseas. — Ele brincou da situação do outro lado e isso tava me matando. Ele pode até engoli aquela presidência, mas não vou ceder as sua chantagens do divórcio. — Então?

— Tudo bem. Aceito suas condições, agora você vai ter que colaborar e não vai abrir a merda da boca pra atormentar a Laura sobre isso, tá me ouvindo?

— Tem minha palavra.

— Porquê apesar de estarmos fazendo um acordo, isso não me impedirá de quebrar a sua cara na primeira vez em que eu te ver. — Ele riu do outro lado e percebi quando ele desligou.

Cretino, miserável, baixo e mesquinho. Eu estava com tanto ódio que sentia vontade de quebrar todo aquele hospital na base da porrada.

Mas iria manter a calma. Eu sempre encontrava uma solução pros meus problemas e não vai ser dessa vez que eu não ficarei sem uma solução.

Quando guardei o celular de volta no bolso, vejo a dona Selly surgindo no final do corredor com dois copinhos de café em mãos.

— Toma, filho. — Ela me entregou um e olhou pro leito da sobrinha. — E ela? O seu médico não ligou com notícias?

MurderingOnde histórias criam vida. Descubra agora