BOA NOITE!
Capítulo veio mais tarde porque eu também mereço descansar, né? Mas enfim, é que a semana tá passando muito mais rápido e eu nem consigo me planejar direito...
Estamos, infelizmente, em plena reta final de AMARELO, AZUL E BRANCO. Sim, faltam apenas quatro capítulos pra nossa história acabar, mas não se desanimem! Ainda faltam muitas segundas-feiras de Inês e (S\N) para vocês!
Vamos a história agora?
Boa leitura e não se esqueçam de interagir!
------------------------------------------------
(S\N)
Ela prometeu e ela cumpriu. Nas primeiras horas da manhã do dia depois do orfanato, estávamos a bordo do seu barco rumo à Floresta Amazônica. Inês estava pilotando o barco com o rosto envolto de paz, pela primeira vez, enquanto eu estava deitada na rede mais próxima, relaxando meus ânimos antes de estarmos frente a frente com dona Jaciara.
Era meio óbvio que eu estava nervosa. Mas era meio óbvio que aquele não era um compromisso oficial, não significava nada a não ser uma forma de me colocar mais perto do seu mundo, da sua vida enquanto era uma pessoa normal como eu. A vida dela antes de ser uma lenda, literalmente... não havia nada de errado nisso, também.
Inês parou de repente, e eu senti o barco balançar antes de "estacionar" e desligar o motor. Depois de um tempo, ouvi seus passos se aproximando e ela praticamente se inclinou toda para conseguir chegar até meu rosto na rede. Ela começou a distribuir beijos pela minha bochecha e pelo meu pescoço, achando graça quando eu me inclinei, completamente tomada pelos seus lábios frios do sereno da madrugada.
- Chegamos, (S\A) - ela disse, num sussurro clássico. - Vim para saber se você tá pronta.
Sinceramente, eu não estava nada pronta. Eu estava é mais nervosa agora do que antes.
- Eu tô. - Assegurei, mentindo. Ela saberia assim que eu começasse a andar até a casa da Jaciara, nem tinha porque esconder. Mas eu não queria que Inês se sentisse coagida a mudar de ideia por minha causa, então, mentir talvez fosse a melhor das alternativas no momento. - Você tá?
- Eu sempre estive pronta. Só faltava a pessoa certa.
Ela ainda ia me matar com aquela mania idiota de me deixar sem palavras.
Nós caminhamos juntas - os braços dela literalmente abraçados na minha cintura - até o meio da floresta, coberta de árvores, rios, folhas, animais e cheiros da natureza. Havia menos mata e menos beleza do que eu imaginava, na verdade, visto que a Floresta Amazônica não era necessariamente um ponto importante para todos os que a conhecem. Foi olhando para cada folha no chão enquanto eu caminhava pela estrada, que cheguei à conclusão de que o ser humano não tinha mais solução. Não havia nada que mudasse o destino das matas daqui para frente. Ninguém ligava mais para esse tipo de coisa.
Paramos em uma aldeia pequena, menor do que a aldeia da Vila Toré, mas igualmente coberta de casinhas de palha e madeira, simples como elas só. Havia uma moça baixa e de aparência idosa nos esperando em uma das casinhas da frente, acompanhada de uma moça praticamente da minha idade, segurando seus ombros. As duas eram indígenas, eu pude ver de longe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
AMARELO, AZUL E BRANCO | inês/cuca x you
Roman pour Adolescents"Eu não sei diferenciar você de mim." Quando duas almas perdidas e sofridas se reencontram, encontram em si mesmas uma conexão inabalável, quase como um reconhecimento, quase como irmãs gêmeas se reencontrando depois de anos separadas. (S\N), cética...