capítulo 14 - tempo

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Olá!

Faltam só três capítulos, ai, ai...

Enfim, eu ando postando tudo mais tarde mesmo porque é o horário livre que eu encontrei para resolver minhas coisas e não perder a tarde inteira planejando capítulos... Espero que esteja bom pra vocês.

Vamos ao capítulo? Esse promete...

Boa leitura! Não se esqueçam de interagir!

(Desculpa se a cena ficou ruim e sem emoção, mesmo com dois anos escrevendo eu nunca sei começar e seguir uma cena de sexo... Me perdoem!)

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(S\N)

- Inês... - eu olho para ela em choque, a mão segurando o chão de surpresa. - Inês, o que você tá fazendo?

Posso sentir a pressão gigante sobre mim, os olhos dos outros membros da tribo grudados no meu rosto, esperando minha boca abrir com a resposta. É inevitável ficar nervosa com tudo aquilo. Minhas mãos suam, meu lábio treme e eu olho a distância para Jaciara - Matinta -, rezando para que ela me dê um sinal do que é certo ou errado naquele momento.

Inês me encara, seus olhos de borboleta transmitem sua ansiedade e seu desespero. Ela esperou por aquilo, eu vejo que ela esperou a coragem falar mais alto, e é ainda pior pensar que, se eu for sincera de novo, posso feri-la.

Mas deixo minha cabeça falar por mim e respondo, me levantando. É como se a força da natureza tomasse meu corpo a meu convite e respondesse por mim, num alto e sonoro:

- Sim. Sim, eu quero ser sua namorada. Sim, eu quero passar a minha vida toda com você!

Acho que nunca fui tão sincera em toda a minha vida. E parece que estou vivendo um sonho onde, enquanto corro ao encontro dela perto da fogueira, minha mente me mostra todos os nossos momentos até então. Os momentos em que eu jurava que a odiava com todas as minhas forças, só porque me frustrava amá-la demais, porque me frustrava saber que havia algo que ela talvez nunca me contaria.

Pular nos braços dela e sentir seus dedos cravando na minha pele fez com que meu coração perdesse o senso e saltasse direto em todo o resto do meu corpo. Eu o sentia batendo com força, com mais força do que quando Eric me pediu em namoro, havia algo de muito diferente ali. De novo, eu fiz a comparação.

O amor de Eric me machucava e me prendia. O amor de Inês me salvava e me libertava.

Inês me segurava como se eu fosse a joia mais preciosa de toda a Amazônia, como se eu fosse o ouro do Marangatu que Lazo sempre escondeu dos olhos humanos. Eu me sentia brilhando, isso era pura verdade, por cima da minha euforia. E quando ela me beijou na frente de todo mundo, sem medo dos julgamentos dos outros membros da tribo, ah, aí sim eu me esqueci de como respirava. Lá estava eu, procurando por um resquício de fôlego para falar com ela.

- Eu vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo, (S\A), eu te prometo... - Inês sussurrou no meu ouvido, beijando-o e beijando minha bochecha depois. - Porque eu te amo, e eu quero cuidar de você pra sempre, até o meu último suspiro.

Em meio aos vivas e danças da tribo, nós duas estávamos tão absortas uma a outra que eu nem consegui distinguir a realidade do que eu pensava ser um sonho, até que ela me desceu de seu colo, pegou na minha mão e caminhou comigo pela floresta escura, barulhenta e iluminada pelas bundinhas dos vaga-lumes que cercavam as árvores. Eu olhei para ela, tensa e com medo do que viria depois, e aqueles olhos lindos me encararam de volta com todo o amor do mundo. Aliás, eu não tinha noção de que o mundo podia caber naqueles olhos tanto quanto agora.

AMARELO, AZUL E BRANCO | inês/cuca x youOnde histórias criam vida. Descubra agora