𝐂 𝐇 𝐄 𝐑 𝐘 𝐋 𝐁 𝐋 𝐎 𝐒 𝐒 𝐎 𝐌
↓Roma •
Tudo bem, eu estava consciente que havia feito uma merda. Mas que raios eu estava fazendo da vida? Entrei em choque quando percebi que era a tal Toni, tive medo que ela estivesse morta pela pancada tão forte na cabeça, mas coloquei minha cabeça em seu peito e escutei seu coração bater.
Peguei em seus dois braços e arrastei ela para um canto da sala, eu não estava conseguindo por ela no sofá de tão nervosa que eu estava.
— Ai,faz alguma coisa, Ney,me ajuda! – falei com a mão na testa, andando de um lado para o outro feito barata tonta na sala.
Ele apenas virou um pouco a cabeça e me encarou, como se quisesse falar:eu sou um cachorro, vadia,eu não posso te ajudar.
Procurei por alguma caixa de primeiros socorros, por sorte achei uma no armário que fica embaixo da pia de um dos banheiros da casa.
Havia um pouco de sangue na sua testa, mas nada que um curativo não fosse capaz de consertar. Limpei o sangue que escorria, era um pequeno corte na testa, depois coloquei um band-aid do Bob esponja que eu encontrei na caixa.
Fiquei naquela sala por bastante tempo esperando a boa vontade da senhorita insuportável acordar, mas parecia que ela não acordava nunca e que estava adorando tirar um cochilo.
— Garota, acorda! – Dei leves batidinhas na sua bochecha. – Que saco, daqui a pouco eu pego esse vaso e taco na sua cabeça de novo, assim você dorme para sempre!
Eu já estava perdendo a paciência. Ok, que a culpa foi minha,mas custava alguma coisa ela acordar para eu voltar a minha rotina?
— Eu já estou no céu? – ela sorriu e me olhou por cima, parecendo meio perdida.– Porque essa é a visão do paraíso. – revirei meus olhos e me sentei no chão.
— Ufa, ainda bem que acordou,já não aguentava mais dar uma de enfermeira.– cruzei os braços.
— Poderia ter batido mais forte já que me odeia tanto,quem sabe se livrava de uma vez e eu ia logo para o inferno.
— Ah, sem gracinha. – reclamei e me levantei. – você está bem,sente alguma dor de cabeça?
— Só um pouco. – ela se levantou do chão.
Virei meu corpo e peguei a caixa no sofá, encontrei o remédio de dor de cabeça e fui para cozinha,e peguei o copo com água. Ela já estava sentada no sofá enquanto tocava na testa.
— Vem cá, e esse band-aid? – ela apontou para testa e fez uma careta.
— Era o único que tinha.– mostrei o remédio e o copo com água para ela.
— Cara,eu adorei! Bob esponja é meu desenho favorito.– ela sorriu e olhou para minhas mãos, fazendo uma careta.– não, não tomo remédios.– empurrou de leve as minhas mãos.
— Por que?
— Porque na minha cabeça eu vou ficar pior se eu tomar, vai que eu tenha uma reação alérgica e morra?
— Você é tão estranha. – revirei meus olhos e neguei.
— É sério, remédios tem aquele gosto amargo e azedo.– ela fez careta.– nossa, não gosto nem de lembrar do gosto.
— Eu gosto quando o remédio é amargo.
— Você é muito mais estranha que eu.
— Nada a ver, tá.
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𝐔𝐌 𝐕𝐄𝐑Ã𝐎 𝐄 𝐃𝐔𝐀𝐒 𝐕𝐈𝐃𝐀𝐒 || Choni
أدب الهواةDe um lado temos uma guitarrista muito rebelde que gosta de viver as aventuras da vida, quanto mais adrenalina, melhor. Por outro lado temos Cheryl Blossom, uma escritora que gosta de fazer tudo certinho, gosta da tranquilidade que a vida lhe ofere...