Devaneios de amor.

Parafusos soltos.

A chuva está caindo lá fora

No meu quarto, perdi a noção da hora

Da minha cama, já faço parte

O teto se torna obra de arte

De repente eu começo a refletir

"Como eu gosto de só existir"

No silêncio, completamente só

Minha mente tem tempo para desfazer cada nó

Minha existência se torna irrelevante

E isso é bom durante esse instante

Sinto uma invisibilidade me percorrer

Mas ao mesmo tempo o mundo inteiro pode me ver

Como se cada pessoa parasse para me ouvir

As vezes pensar em nada me faz sorrir

São em momentos assim que permito a mim mesma me conhecer

E por um segundo reconheço o valor que eu posso ter

É como viajar enquanto estou inerte e calada

Penso e logo percebo que sou tudo e nada

Insignificância e importância, é no que estamos envoltos

Não liga, sou só uma garota com parafusos soltos.