DEZESSEIS

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Dei um beijo demorado em Vic que me encarava com um olhar preocupado como quem falava volta logo pra casa e era isso que eu iria fazer, eu iria voltar pra ela e para o nosso moleque que estava no chão do nosso quarto no tapetinho com alguns brinqu...

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Dei um beijo demorado em Vic que me encarava com um olhar preocupado como quem falava volta logo pra casa e era isso que eu iria fazer, eu iria voltar pra ela e para o nosso moleque que estava no chão do nosso quarto no tapetinho com alguns brinquedos super entretido, agachei na frente dele e peguei o mesmo que abriu um sorriso ao me ver e dei um cheiro no seu pescocinho, o cheiro de mamãe bebê invadiu meu nariz me fazendo sorrir. 

Vic: Vou deixar eles tranquilos, só toma cuidado por favor -ela falou baixinho me olhando e eu assenti, coloquei Bê de volta no tapetinho e levantei indo até ela- 

Gustavo: Te aviso assim que terminar linda, eu prometo que voltarei logo para curtirmos a festa. 

Beijei o topo da sua cabeça e ela envolveu os braços na minha cintura e passei o meu pelas suas costas e apertei sem machucar só para faze-la se sentir segura e saber que eu vou estar aqui independente do que acontecer. Peguei meu carro e acelerei para a boate e quando cheguei me deparei com carros demais, era o pessoal do Ernesto e era nítido o quanto estavam desesperados e tudo isso porque ele quer sair fora para salvar a sua filha, depois de anos ele quer seguir um caminho diferente e a mesma pessoa que me liberou não pode ter a sua liberdade e nem a da sua filha. 

Abaixei o vidro do meu carro e assenti para todos e deram abertura para que eu pudesse passar, meu pessoal também estavam lá bem atentos e eu não imaginava ver aquela cena novamente. Quando entrei no salão principal Estrela me olhou e veio caminhando desesperada em minha direção, ela estava o oposto de quando chegou aqui o primeiro dia. Passei o olho pelo salão e um mandado da Máfia estava sentado com um whisky na mão, nunca tinha visto ele pessoalmente mas eu sabia quem era e o cara é sangue frio, um verdadeiro sanguinário pra falar a verdade, ele é filho de um dos criadores da organização então se achava o pai de todos. Caio estava no balcão e neguei com a cabeça, ele deveria estar na festa do afilhado dele e não aqui eu falei que resolveria essa merda. 

Estrela: Por favor pede pra ele não vir aqui Gustavo -seus olhos estavam marejados e seu rosto completamente vermelho, sua mão encostou no meu braço e estava tremula- 

Gustavo: Ele precisa Estrela, ou é você ou ele -fiz uma pausa e engoli seco- e nenhum pai em sã confiança entregaria sua filha de bandeja para pessoas como ele- 

Estrela: Eu nem sou tão boa assim -deu de ombro e passou a mão em seu rosto afastando as lágrimas- 

Ernesto: Você nunca quis isso -ele falou entrando no salão e Ryan levantou da poltrona com um sorriso maléfico no rosto, porém meu antigo chefe ignorou o mesmo e foi em direção a sua filha- essa merda de destino que eu escolhi te colocou nisso tudo e você não merece isso, te trouxe pra cá porque imaginei que aqui ninguém viria já que regras são regras.

Ryan: Realmente, regras são regras Ernesto -falou alto e em bom tom- e você infringiu várias delas e sempre adiamos o que vai acontecer hoje. 

Gustavo: Meu pai falaria que a organização não é mais uma família respeitada como sempre foi, e se tivesse uma votação justa todos concordariam -eles ficaram em silêncio- 

Ryan: Bottini, seu amigo do peito te colocou nessa merda toda. Era só ele se entregar e deixar sua filha assumir, pra que fazer a garota tentar sumir do mapa? São regras novas, o legado precisa passar de pai para filho e assim sucessivamente,  e para ser bem sincero você deu sorte pra caralho que seu pai sempre foi renomado. 

Gustavo: Isso faz sentido agora? -ri baixo e neguei com a cabeça- Não foi feito uma votação? -olhei para Ernesto e o mesmo desviou o olhar, merda... eu não tinha ideia- 

Ryan: É Gustavo, ele mentiu, ele livro você, ele livrou o Felipe Ferrari já que a família dele é fodida foi o melhor ter saído da organização mas não foi feito votação nenhuma, ele decidiu por conta própria.

Ernesto: Não era pra ser uma guerra porra! Nós sempre fomos uma família Ryan, e se o seu pai estivesse aqui ele concordaria comigo.

Ryan: Os tempos são outros Ernesto, era só você ter ido ao ponto de encontro e nada disso estaria acontecendo. 

Ernesto: Não vou dar a minha vida pela organização, não mais.

Ryan: Mas vai pela sua filha! -ele sacou a arma que estava na sua cintura e apontou para Estrela, seu olhar era de desespero e Ernesto se colocou na frente da filha-

Ouvimos um tiro mas não veio de dentro, uma chuva de tiros tomou conta da minha boate. Ernesto em um único gesto puxou a sua filha e jogou para onde Caio estava e ele entendeu o recado, me escondi atrás do balcão e tirei minha arma da cintura.

Ernesto: Acabou Ryan, o legado do seu pai não pode ser destruído por você. 

Ryan: Cala a porra da boca seu velho, você fracassou, você tem uma porra de um coração fofo batendo dentro de você e isso nunca foi uma das nossas regras e sabe bem. 

Gustavo: Que porra está acontecendo Ernesto?

Ernesto: É o fim dos tempos Gustavo, é o fim da organização. E seu pai Ryan -ele gritou- me deu carta branca para tomar a decisão final se chegasse a esse ponto. 

Em questão de segundos os tiros pararam e a polícia invadiu o salão, Ryan tentou fugir o cara era ruim e sua fama era pior do que a do seu pai que fez história nesse mundo. Um tiro certeiro na sua cabeça fez o mesmo parar e dessa vez seria pra sempre. Sai de trás do balcão e meu sogro me olhou assentindo, eu sabia que eles iriam chegar a qualquer momento mas...

Valter: Ernesto, você está preso por fazer parte de uma organização criminosa e olha que sua lista é grande pra caralho. 

Ernesto: Já era de se esperar -ele abriu um sorrisinho de lado e me olhou, agora nos olhos- nunca quis colocar você e sua família no meio de tudo isso Gustavo, prometi ao seu pai que cuidaria de tudo e seguraria as pontas eu só precisei usar a boate pra todos saberem que aqui, que com os Bottini's ninguém pode se meter. 

Gustavo: Cuidaremos dela, pode ficar tranquilo.

Ernesto: Fala para o tal Caio que ela é tudo o que eu tenho -assenti e meu sogro me olhou afirmando com a cabeça-

Valter: Sua família te espera, vou terminar o meu trabalho e peço para limparem tudo principalmente para isso não ir pra mídia. 

Caminhei até a minha sala e coloquei a arma em cima da mesa, peguei um copo e completei com whisky e gelo, dei um grande gole e respirei fundo. Olhei para a arma e descarreguei a mesma, peguei uma caixa na última gaveta e coloquei a mesma, ela não fazia mais parte de mim, é uma vida que eu iria deixar para trás a partir de hoje. 


Meus amores, por fim entreguei meu artigo científico (ainda falta um resumo), mas a pior parte já foi. Agora consigo voltar a rotina de postagens pra vocês! Espero que estejam acompanhando e gostando de tudo.  

  

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