DONA

6

Cheguei exausta do trabalho, fui até a casa da dona Rose, bati lá, e pra minha surpresa quem atendeu não foi ela, foi o dono do morro. O que ele tava fazendo ali?
— Entra aí.—ele dá espaço pra eu entrar e eu entro.
— Cadê a minha filha?—eu pergunto olhando ao redor da casa.
— Minha mãe foi dar banho nela.—ele responde, me medindo de cima a baixo.
— Sua mãe é a Rose?
— Ela mesmo, por quê?
— Nada não, só não sabia.
— Hum.

Minutos depois ela desce com a Sophia toda arrumada já. Arrumada eu digo de banho tomado, roupinha de ficar em casa e as coisas dela organizada na mochila.

— Mamãe.—ela vem até mim e eu pego ela no colo.
— Que saudades pitchuca.—eu beijo a bochecha dela.
— Também tavu com saudade.
— Como foi seu dia?—eu pergunto à ela.
—  Hoje o tio rafel bincou comigo, eu binquei com o Júnior e o Túnior.
— Sério filha?
— Sim, foi legal, amanhã eu quelo vim de novo.—ela fala toda sapeca.
— Amanhã não, amanhã a mamãe tá de folga, vai ficar só eu e você.
— A gente vai bincar?
— Muito, meu amor.—eu pego as coisas dela com a dona Rose.
— Se comportou direitinho ela.—ela avisa.
— Que bom, obrigada dona Rose.—eu vou até a porta.
— Por nada querida, quando precisar, estaremos aí.
— Vamos filha.—ela dá um beijo na dona Rose e vem pro meu colo.
— Falta o tio rafel.
— Então vai lá, dá um beijo nele.—ela desce do meu colo e corre até o dono do mor... Quer dizer, o Raphael.
— Tchau princesa, outro dia você vem pra brincar com o tio.—ele fala.
— Tá bom, tio rafel, amanhã vucê pode i lá na minha casa bicar comigo.
— Amanhã não dá, filha, ele vai tá ocupado.—eu falo.
— Vou não, pode deixar que eu apareço lá sem falta.
— Tá bom.—ela sai do colo dele e vem pro meu.
— Tchau pessoal.—eu saio da casa da dona Rose e vou para à minha.