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Gente, não lembrava que gravidez era tão cansativo, porra, minha barriga pesa, minhas costas doem, meus pés estão inchados e a cabeça tá a mil. — Sim.—eu falo com a decoradora.—eu não queria algo muito exagerado, mas o salão é enorme, então é impossível. — Pode se verde e rosa, vai ficar bonito, ok–eu olho pra frente e tomo um susto com o Raphael pardo na minha frente.—ok, tchau.—eu encerro a ligação e olho pra ele. — Qual foi? — Tava resolvendo os negócios do chá de revelação do seu/ filha(o) — Tendi, minha mãe tá chegando aí com a pretinha.
Essa foi a primeira viajem dela, foi ela e minha sogra lá pra Angra, eu nem ia deixar, porque nós somos muito apegadas, mas ela fez um show pra ir, e curtiu abessa lá, e eu fiquei chorando com saudades dela, elas ficar dois meses, muito tempo sem ver minha pitica, só via ela por chamada de video e olhe lá, porque ela não tava nem aí pra mim.
— Mamãeeee!!—ela corre e vem pro meu colo — Oi minha piriquitinha!—eu abraço ela bem forte e ela solta uma gargalhada gostosa.—senti tanta saudades sua. — Eu tamem.—ela beija minha bochecha. – Saudades minha ninguém sente né? — Papai!–ela pula pros braços dele. Sim, agora ela chama ele de papai, e quem ensinou foi ele mesmo, esse doido. Não julgo porque antes disso ela já tinha perguntado se ele era o pai dela, e tals. — Que saudades!—ele abraça ela e enche ela de beijos. — Mamãe, sua baliga.—ela desce do colo do pai e toca na minha barriga.—eu falei pra vucê não cumer aquela milancia mamãe!—ela me repreende e eu começo a rir da inocência dela. — Eu não comi, amor, é um bebê que tá aqui, a mamãe já te falou sobre isso. — O imãozinho(a) — Sim, nós vamos descobrir amanhã se é menino ou menina. — Eu quelo que seja os dois. — Não fala isso filha, deus me livre.—eu falo. — Deus te coloque.—ele fala rindo—tu não quer não? Duas crias com a minha cara? — Tadinhos dos meus filhos.—eu falo gargalhando. — Palhaçona você né, vai levar logo um porradão — Não é nem maluco.
