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— Sim, de três meses.—eu olho pra ela espantada — Grávida?—ele pergunta. — Sim.—ela fala pianinha, com medo do Raphael. — Caralho amor! parabéns!—ele me abraça e eu não retribuo.—que foi? — E a Sophia?—eu pergunto cabisbaixa. — A gente vai continuar cuidando dela ué, ela sempre vai ser minha pretinha, não é porque essa porrinha tá chegando que eu vou trocar ela. — Obrigada.—eu abraço ele bem forte e ele beija minha cabeça. —Te amo demais gatinha. — Eu gosto de você.—eu provoco ele. — Você me ama, que eu sei.— E você aí, tá demitida, muito abusada. — Mas...—ela ia falar, mas ele saiu andando e foi me puxando. — Caralho, eu vou ser pai.–ele fala eufórico subido na moto. — E eu mãe. — Porra preta, tenho piru de ouro caralho. — Para de falar merda Raphael.—ele acelera a moto e nós vamos voando pro morro.—sem muito alarde sobre a minha gravidez hein.—eu já deixo avisado. — Logo agora que eu ia escrever na fachada da nossa casa.—ele fala ironicamente. — Para de ser bobo.—eu entro na casa da minha sogra e vejo a Sophia pulando no sofá. — Que isso pretinha?—ele pergunta. — A pintadinha.—ela aponta pra TV e tá passando a porra daquele galinha. — Qualquer dia o tio te leva num show dessa piranha aí. — Pilanha?—ela pergunta e ele começa a rir — A popó filha.—eu falo e minha sogra sai da cozinha com um pano de prato no ombro e a blusa levantada. — Chegaram na hora certa, almoço tá quase pronto. — Mim dê papai.—o Raphael fala e a gente ri — O que deu lá no médico? — Deu que...—eu tava falando e ele me interrompe. — Mais um netinho pra senhora.
— Mentira?—ela pergunta chocada.—aí meu deus que felicidade, já mimo essa garota, esse bebê vai ser mimando mais ainda–a gente ri e ela vem me abraçar. –
— Papai do ano.—ele pega a Sophia e começa a rodar com ela. — Roda tio!—ela pede toda animada — você gosta né? Daqui a pouco tá tendo refluxo aí.
Nós almoçamos juntos e depois fomos pra casa pra nossa casa.
