Controle

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Lalisa me surpreendeu quando visitou a Coleção de Livros Raros naquela quarta-feira. Surpreendeu-me no bom sentido.

— Estive pensando no que você disse sobre a questão do carro — falou ela, fechando o zíper da calça.

— Pensou? — Calcei as meias rapidamente, querendo estar completamente vestida caso houvesse alguma briga. Não havia como, de jeito nenhum, eu concordar que ele comprasse um carro para mim.

Lalisa  endireitou sua roupa.

— Decidi não insistir na questão.

— O que?

— A ideia deixou você muito desconfortável e pensei que, embora parte de mim ainda pense que é mais seguro que você mesma dirija, seu bem-estar mental é igualmente importante para mim. — Ela se aproximou e se colocou na minha frente. — Não quero que jamais pense que é uma prostituta.

Fiquei um pouco surpresa por ela ter encerrado o assunto sem discussões, mas satisfeita por não ter me pressionado.

— Obrigada.

— Toma lá dá cá, Jennie, os relacionamentos são assim. — Ela pegou o blazer e foi a caminho da porta. — Gosto que seja franca comigo a respeito de seus sentimentos. Eu mesmo tenho dificuldades com isso.

Não brinca, Sherlock .

Desci da mesa e calcei os sapatos.

— Talvez possamos trabalhar nisso juntas.

Ela manteve a porta aberta para mim.

— Talvez.

***

Eu a encontrei no terminal particular do aeroporto às quatro da tarde de sexta-feira. Ela estava esperando perto de um lindo jato particular. Pelo menos, eu achei lindo — mas nunca unha visto um jato particular tão de perto, então não tinha nada com que comparar.

— Boa tarde, Jennie — cumprimentou lalisa — Obrigado por fazer os arranjos para sair do trabalho cedo.

Assenti e segurei a mão que ela me estendia para me ajudar a subir a escada do avião. O interior era espaçoso e elegante. Parecia um apartamento de luxo: tinha um bar, sofas de couro, até uma porta aberta levando ao quarto e, é claro, poltronas de couro.

O piloto acenou quando nos viu entrar na cabine principal. — Estaremos prontos para decolar em breve, Srta. Manoban— disse.

Lalisa fez um gesto para as poltronas.

— Temos de afivelar o cinto.

Sentei-me ao lado dela, sentindo palpitações de nervosismo, enquanto alguns tripulantes se preparavam para o voo. Eu estava nervosa por várias razoes: ver a familia de lalisa de novo, preocupada com as expectativas que ela tinha com relação a mim, perguntando-me como seria o jogo e, tudo bem, não vou mentir, eu estava enlouquecida para saber o que envolviam os planos de Lalisa.

Logo estávamos no ar. Respirei fundo e fechei os olhos. — Quero conversar com você sobre o fim de semana — disse Lalisa — Sua coleira continua
onde está. Você ainda é minha submissa. Mas minha tia e Jackson não precisam saber de nossa vida particular. Além disso, você não se dirigirá a mim como mestra, senhora, ou Sr. Manoban. Se puder, evite usar meu nome. — Ela me olhou nos olhos. — Você não vai me chamar pelo nome de batismo a não ser que seja inevitavel.

Assenti.

— Agora, quanto ao dia de hoje — prosseguiu —, você terá de aprender a se controlar. Uma mulher mais velha entrou na cabine.

The House Of Submission | JENLISA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora