₀₆. the conductor

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CAPÍTULO SEIS

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CAPÍTULO SEIS

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O BOM DA ALMA DE KIRA era que preto combinava com tudo.

Era uma cor que combinava bem como dourado de seus cabelos, o diabólico escarlate de seus lábios e o inocente castanho de seus olhos. Ela não gostava muito do que havia se tornado, às vezes era dificil dormir à noite ─ mas isso se devia principalmente ao colchão barato que Kaz Brekker havia colocado em seu quarto.

── Você está sempre na minha cama de qualquer maneira, é melhor não lhe dar conforto em seu próprio quarto. ── Kaz disse a ela, e ela teve certeza de que ele imediatamente se arrependeu das palavras que disse ao ver o sorriso nos lábios dela.

── Ah, então você gosta de me ter na sua cama, Kaz? ── ela perguntou inocentemente.

── Não foi isso que eu disse. ── Kaz tinha olhado para ela, mas Kira estava mais focada no leve rubor em suas bochechas. Esse foi um dos primeiros momentos em que ela se lembrou de que ele era apenas um adolescente, não importa o quanto ele tentasse não ser.

── Eu acho que sim, Brekker. ── ela disse sorrindo. ── Meu, meu, Kaz. Se você me quer tanto em sua cama, tudo o que você tinha que fazer era pedir. Eu poderia perder minha camisola se isso ajudar. ── ela acrescentou inocentemente. Ele a encarou com mais força. ── Mãos sujas mesmo.

── Cale a boca, Sussurradora. ── ele retrucou.

── Não se preocupe, Sr. Brekker. Não vou contar a ninguém sobre seus pensamentos escandalosos sobre mim em sua cama. ── Ela piscou para ele, um sorriso em seu rosto quando viu sua mandíbula apertada.

No dia seguinte, Kira encontrou os travesseiros mais fofos em sua cama.

Ela os levou para o quarto de Kaz e prontamente construiu um pequeno trono em sua cama, deitando-se com um caderno de desenho no colo ─ ela esboçou uma foto de si mesma, olhando por cima do ombro com um sorriso, as costas nuas de roupas para sugerir para Kaz, ela havia perdido a camisola. Ela o havia emoldurado e colocado na mesa dele.

Ela viu o momento em que ele a viu, quando as pontas de suas orelhas ficaram rosadas e ele olhou para ela, antes de pegar a foto e enfiá-la em uma gaveta.

Então, sim, seu sono havia melhorado muito com os travesseiros macios, mas de vez em quando, quando ela estava se sentindo particularmente em contato com sua alma, ela tinha medo de sua escuridão. Então ela pensou no que poderia ter acontecido com ela se não tivesse feito as coisas que fez, e prontamente pintaria a escuridão de sua alma com a mesma tinta mortal. Ela imaginou que se pintasse o suficiente, então a parte dela que ainda era dourada ficaria escondida.

Sua atenção foi trazida de volta para o homem inconsciente que ela amarrou na cadeira enquanto ele gemia. Kira deixou cair os papéis em suas mãos e olhou para ele com um sorriso.

✓| SAINTS, kaz brekkerOnde histórias criam vida. Descubra agora