12 - O que sou ?

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Foi na completa escuridão de um sono profundo que a consciência finalmente se estabilizou. O tempo passou muito rápido ou extremamente divagar, a consciência não sabia dizer ao certo. A mente dela estava passando por algo muito confuso, entre a completa loucura e a completa indiferença. As vezes ele via um mar de tinta preta chocando contra uma parede como se fosse uma tempestade, as vezes ele via estranhas nuvens de algodão que voavam ao redor de um sol feito de chamas escuras 'ou talvez devesse ser chamado de buraco-negro' e as vezes via uma parede branca onde se escreviam varias palavras e símbolos que ele não entendia ao mesmo tempo em que as entendia. Tudo era como um sonho muito longo e confuso. 

Ao mesmo tempo ele se perguntava pelo que seu corpo estava passando. A consciência não podia discernir o estado de seu corpo porem sabia que estava melhor que antes ao mesmo tempo que parecia não estar. Era confuso. 

***

A consciência ficou desacordada por muito tempo. Até que algo finalmente a acordou.

"Trililim trililim !"  O som de um sino ou melhor dito de um guizo.

 A situação era um pouco familiar e ao mesmo tempo um pouco diferente de antes. A consciência sentia como se tivesse acabado de acordar de um largo sono, porem dessa vês não se sentia a beira da morte, e seu corpo não estava doendo como um inferno. Realmente a consciência se sentia muito melhor. 

"Trililim trililim !"

Porem uma grande e estranha diferença do antes para o agora era que o maldito guizo não parava de tocar como se fosse um alarme velho. 'Estou acordado para de tocar' era o que ela pensava. 

Ele podia dizer pelo menos uma coisa, a primeira coisa que ele começou a comer era horrível mais servia.  

A consciência começou a se mover pouco a pouco como se tivesse passado um largo tempo parada. Seu corpo não doía mais porem estava meio lento. Usando esse tempo para se orientar a consciência continuou examinando a sua situação em geral. 

Primeiro; Seu corpo agora não se sentia como se ele estivesse sendo queimado vivo; O que finalmente lhe deu um pouco de pais mental;  

Segundo; Os músculos e articulações estavam no lugar certo e já não doíam mais; O que lhe permitia se mover de uma forma normal. 

Terceiro; De alguma forma que a consciência ainda não entende, todos os seus ossos estão curados agora; Até mesmo o seu braço esquerdo que avia quebrado estava novo em folha; Embora ele ainda fosse estranho; 

A grande pergunta no final erra; O que eu sou ?; 

A consciência começou a se mover meio desajeitado e meio devagar, tentando entender melhor seu corpo. De uma forma que foi meio tentar ficar confortável e meio instinto ela se sentou como um cachorro, e isso foi estranho e ao mesmo tempo normal. 

A consciência começou a mover seus 'braços' pelo próprio corpo para tentar ter uma ideia melhor de si mesma. E a primeira coisa que se deu conta era que não tinha polegares ou melhor dito mãos. Ao mover seus dedos pode ter certeza que eram patas de animas. De um cão ou um gato, não que ela soubesse a diferença entre eles.

Porem ao tentar fazer o mesmo com o braço esquerdo a consciência se deu conta de algo que já sabia, porem só agora ficou completamente claro. Seu braço esquerdo por falta de uma palavra melhor estava 'deformado'. Do ombro até o cotovelo ele era normal, porem do cotovelo ate a pata estava completamente errado. Todo o antebraço era maior que o necessário e ele era como pele e osso, dando a sensação de ser incrivelmente fraco. E o pior de tudo era sua pata. Três dedos que estavam colados como um pé de pato, que quase não dava a sensação de firmeza. 

A consciência então passou sua pata rapidamente pelas suas pernas antes de passa-la no rosto para tentar entender o que era. Suas pernas, ambas eram iguais e eram as de um quadrupede. E a cabeça ela tinha um focinho. 

Então a consciência agora tinha 80% de certeza, ela era um cachorro ou um gato. Não que a consciência soubesse como diferenciar os dois apenas usando o tato. Porem após chegar a essa conclusão ela apenas dissídio não fazer nada. 

A consciência respirou e inspirou fundo. Ela ficou completamente parada, aproveitando as sensações de já não estar vivendo em uma tortura completa. Não avia mais dor de cabeça, o corpo todo não doía e a fome desgarradora finalmente avia ido embora. Esse ser patético e lamentável avia conseguido. Ela avia sobrevivido.

"Trililim trililim !" 

"Por deus! Essa coisa antes só tocava a cada poucos minutos, por que agora ela não para de tocar mais ?" A consciência gritou para o ar de frustração por não conseguir aproveitar o momento. 

Reencarnado como a besta divina da lua místicaOnde histórias criam vida. Descubra agora