14 - Boa memoria ?

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Quando a consciência voltou a si pouco tempo depois de ter começado a mastigar a coisa com gosto de plástico e peixe, ela já avia terminado de come-lo o que a surpreendeu um pouco. Uma parte dela ficou surpresa com isso, porque quando o estava examinando com o tato não paresia algo realmente comestível. Por um momento a consciência pensou que teria dor de barriga mais logo descartou tal pensamento. Afinal ele sabia que já avia comido esse material antes quando estava no modo 'automático'. 

"Trililim treililim "

No momento em que a consciência teve esse pensamento ela teve uma pergunta sobre si mesma. O quão boa era sua memoria ? E então teve uma estranha epifania. 

Boa memoria era um eufemismo. Só de tentar lembrar agora ela sabia que deu exatamente 132 passos para chegar aqui de onde avia acordado. E até que deu 52 mordidas para mastigar a coisa com gosto de plástico e peixe. Sua memoria parecia mais um arquivo de computador de tão detalhado e organizado que estava. Era absurdo. 

O mais estranho era que não eram apenas memorias de pensamentos mas também de sentidos e emoções. Nesse momento a consciência tentou se focar nas suas memorias de quando abri-o os olhos e o resultado.   

Ela continuou sem entender menos da metade. 

O 'arquivo de memoria' de quando ela abri-o os olhos era tão grande que estava completamente desorganizado. Assim como tinha se dado conta antes, era tantas cores, formas e letras que a consciência não entendia muito. Mesmo assim ela tentou achar nesse 'arquivo de memoria' qualquer informação sobre a coisa com gosto de plástico e peixe. 

Embora tenha sido difícil ela consegui-o encontrar algo ute-o nas suas memorias. Um pouco ao lado do que era a montanha de pelo, avia algo que estava saindo de debaixo dela. Paresia a ponta de uma coisa com escamas como um lagarto ou uma cobra. Também tinham cores estranhas e letras encima dessa coisa que ela não sabia o que poderia ser. 

Em conclusão. A coisa que era a montanha de pelos que a consciência comeu, estava encima de alguma outra coisa que era feita de escamas de lagarto ou cobra e ele a comeu também. E tinha gosto de plástico e peixe. 

"Trililim trililim" 

A consciência voltou a si após chegar a esse pensamento, quando sua cabeça começou a doer. Pensar no que ela avia comido para sobreviver era algo que ela poderia fazer depois, assim como pensar no que eram todas as coisas que avia visto quando podia enxergar. O que ela precisava pensar agora era em como sobreviver e em como desligar o maldito guizo ou sino. Ela realmente estava com raiva dessa coisa que não ficava quieta e estava pensando em se referir a esse apenas como 'alarme estupido'. 

"Trililim trililim"

"Ahahah! Cério qual é o problema dessa coisa, tenho certeza que ela não tocava tanto antes. " Gritou a consciência para o céu se virando em direção de onde vinha o 'alarme estupido'. 

"Trililim, trililim, trililim ... " 

*** 

Embora a consciência tenha se dirigido na direção do 'alarme estupido' rapidamente, chegar até ele foi mais difícil do que o esperado. A primeira dificuldade foi andar sem tropeçar com nada. A cada poucos passos ela sempre acabava pisando em um pequeno buraco ou em uma pedra que sobressaia. Porem esse problema se resolveu de uma maneira estranha, ou melhor dito sozinho. 

Uma vês que ele andou bastante, uma certa estranheza ou melhor dito desconforto desapareceu. Seu corpo que paresia estar meio dormente dês de que acordou finalmente avia sumido completamente e seus músculos paresiam finalmente estar funcionando corretamente. Mesmo andando meio manco por causa de sua perna dianteira esquerda não o incomodava tanto. 

Porem o que realmente fés a consciência andar normalmente foi que sua mente ou melhor dito seus instintos começaram a trabalhar direito. Depois de lamber o ar tantas vezes para se direcionar, isso se tornou uma segunda natureza para ela 'como piscar'. E isso lhe deu uma espécie de 'visão' estranha. Ela sentia o gosto de terra do chão e dependendo de onde estava o gosto de sua posição ele sabia se o que estava a sua frente erra reto ou afundado.

Se a consciência tivesse que dar um exemplo seria como aquelas imagens de filmes onde estava tudo preto e então faziam uma imagem 3D do contorno do objeto com pontinhos de luz verde. Só que nesse caso os pontinhos erram o gosto e só eram realmente nítidos quando estavam muito perto de seu corpo 'uns 3 metros'. 

Uma vês que a consciência se acostumou a se mover assim ela começou a andar sem dar 'passos falsos' e sua velocidade foi constante. Porem a segunda dificuldade para chegar ao 'alarme estupido' foi um pouco mais problemática. Que foram os restos da comida. 

Após se mover um pouco a consciência sentia o gosto fraco das coisas que comeu e antes que sua parte consciente se desse conta seu corpo já estava se movendo para aquela direção. E uma vês que encontrava os restos começava a come-los. Algo duro com textura de osso com gosto de uma pedra salgada, algo mole que tinha gosto de couro e carne de vaca e algo duro com gosto de plástico e peixe. Eram as coisas que ela comia. 

Uma vês que a consciência terminava de comer ela voltava a si e tentava se dirigir novamente para onde vinha o barulho do 'alarme estupido'. Embora esses contratempos ela não se importou muito, porque ainda estava indo na direção certa. Porem após se desviar do caminho varias vezes e checar sua estranha ótima memoria, a consciência se deu conta de algo. 

Considerando quantos passos avia dado, a quantidade de restos de comida que avia comido, o tempo que estava acordada e a direção de onde vinha o som do 'alarme estupido'. Ela avia andado uma distancia imensa. O quão grande eram as coisas que ela comeu ? Ou melhor dito. Como ela comeu tanto ? 

Embora a consciência estivesse se questionando sobre a escala de tamanho das coisas ela apenas se deixou levar pelo momento e continuou se dirigindo ao 'alarme estupido'. E depois de muito tempo finalmente o encontrou. 

Reencarnado como a besta divina da lua místicaOnde histórias criam vida. Descubra agora