slaves don't have happy endings

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Tom sem cerimônias abriu a porta e encarou os olhos azulados de Adam.

- Por que você tá fazendo isso?? __ questiona o loiro

- Você sempre foi uma decepção Adam, fraco, inútil e é por isso que seu pai te odiava. Ele não merecia alguém como você! __ falou o moreno com um olhar de desgosto

- Do que você tá falando? Cala essa maldita boca!

Quando se tratava de seu pai, Adam não sabia reagir, era um grande gatilho pra ele.

- É isso mesmo, foi difícil te suportar todos esses anos e quer saber de uma coisa? Eu me arrependo de não ter atirado em você naquele dia. __ Tom sorri, era um sorriso genuíno

Aquele era o melhor amigo de Adam? Sua máscara caiu instantaneamente.
O loiro estava no chão, esperava qualquer coisa menos aquilo.

- Tommy, você sabe que as coisas pra mim nunca foram fáceis. E isso não é de propósito! __ Adam responde enquanto regulava a respiração, sua ansiedade estava a mil era várias vozes falando ao mesmo tempo na sua cabeça

- Sim, coitadinho do Adam. Nunca conseguia fazer nada sozinho, me poupe! Você deveria estar num hospício, já que é perturbado da cabeça desde criança.

O moreno sem perder tempo tirou o revólver da cintura e apontou a ele.
Mais uma vez, aquele sorriso genuíno apareceu.

- Eu quero mesmo é que você vá para o inferno de uma vez por todas. __ fala e aperta o gatilho

- Eu tenho dúvidas.. entre nós dois, de quem é o mais perturbado da cabeça. __ Adam ri e abaixa o olhar

Sirenes de polícia foram ouvidos de longe, eles estavam cercando a casa de Tom, provavelmente alguém fez uma denuncia anônima.
Adam agradeceu mentalmente ao Yuri.

Os policiais desceram e estavam indo render Tom, mas antes ele fez questão de dar um tiro em Adam, foi de raspão no ombro.

Uma das polícias atirou de volta e ele caiu no chão, pronto pra ser rendido.
Adam se aproveitou da situação e entrou na casa a procura de Yuuta.

Gritou seu nome pelo corredor, mas não tinha resposta.
Começou a bater nas portas e nada, estava começando a ficar aflito.

Mas um único ruídolhe chamou atenção, uma tosse fraca vindo da penúltima porta do corredor.
Impressionante como ele a ouviu no meio daquele caos entre tantas sirenes.

Mesmo machucado, ele deu um jeito de arrombar aquela porta, não era muito forte, então foi rápido.

O barulho atraiu os policiais pra também.
Adam não acreditava no que estava vendo.

- Yuuta? __ ele chama num fio de voz

Mas não obtém nenhuma resposta.

- Por favor, não faça isso comigo!

A cama estava repleta de sangue fresco, as mãos de Yuuta também.
A tesoura estava enfiada em um de seus pulsos. A respiração do garoto era quase inexistente.

A reação de Adam foi pega-lo no colo e levar até os policiais lá fora, mal enxergava por conta das lágrimas que escorriam sem parar de seus olhos.

Logo uma ambulância estava lá, mas disseram que foi muito profundo e ele perdeu muito sangue.
Seria muita sorte se ele sobrevivesse.
E então eles foram, Adam acompanhava tudo dentro da ambulância, uma enfermeira cuidava de si, enquanto os outros tentavam trazer Yuuta de volta.

Ao chegar no hospital foram separados, o loiro ficou na recepção, enquanto Yuuta precisaria de uma transfusão de emergência, mas seu sangue não era compatível com o dele.

Pegou do bolso um papel e ligou para o número dele, implorou para que desse certo, não podia perder o garoto que amava.

- Uriel? Ah, o Yuri ele está com você?? __ falou rápido

- Sim, está, por que?

- Eu preciso que ele venha no hospital, o do centro, imediatamente!

- Por que? O que está acontecendo? __ Uriel pergunta enquanto falava com o ruivo ao fundo

- Não tenho tempo pra explicar.. mas eu preciso que isso dê certo, Yuuta depende disso!

- Estou a caminho, Adam. __ Yuri falou e a ligação foi encerrada.

Guardou o celular e se sentou no banco, começou a chorar novamente, apenas pensar em nunca mais ver Yuuta, era desesperador.

Nova vida de um escravo - Yaoi/+18Onde histórias criam vida. Descubra agora