Quando Eu Morrer

16. O filho do imperador

      -Pessoal!- Yunho entrou em casa e deu batidas na porta atrás de si, sua outra mão estava ocupada entrelaçada com a de Yeosang. -Cheguei! Trouxe uma visita! Na verdade tá mais pra hóspede.

      Hongjoong estava jogado no sofá alguns metros à frente de Yunho. Ele se ergueu um pouco e tombou a cabeça para trás, o olhando.

      -O Yeosang? O que aconteceu?

      -O Mingi não me ama. - Yeosang forçou um sorriso e fez um joinha, sua voz quase quebrou no meio da frase. -A gente tava em um tipo de relacionamento, mas eu descobri que ele só tava comigo porque pensou que eu fosse sua alma gêmea. Mas não sou.

       Hongjoong fez uma careta. -Ah....é dificílimo manter uma relação com alguém que não seja sua alma gêmea aqui no mundo espiritual. No mundo humano podemos ter um casamento inteiro e longo com alguém que não é nossa alma gêmea, mas aqui nesse mundo, é praticamente impossível.

      Yeosang deu um risinho, sem graça alguma. Ele foi até o sofá junto de Yunho e eles se sentaram.

         -Eu acho que vim com defeito e não tenho uma alma gêmea. Primeiro foi o San, agora o Mingi.

         -Claro que você tem. Se você não se tornou um anjo, você tem uma alma gêmea. Mesmo que você não se interesse por ninguém. Às vezes....almas gêmeas não são nossos interesses românticos, às vezes elas são algum amigo ou familiar.

        Yeosang suspirou. Ele não achava que fosse seu caso. Desconfiava que realmente não tinha alma gêmea.

       -Ninguém gosta do Mingi. - Hongjoong reclamou. -Ele é mal educado e suspeito. Alguns dizem que ele matou toda a própria família.

        -Não acho que isso poderia acontecer. - Yeosang murmurou. -Ele pode ter machucado meu coração, mas também se enganou. Ele achou que eu fosse a alma gêmea dele, ele achou que eu fosse a mulher com quem ele foi casado em sua vida.

        -Ah. - Yunho murmurou. -Ele gostava dela, e não de você, né?

      -É. - Yeosang queria chorar de novo. -Não quero mais derramar lágrimas por ele, não quero mais chorar. O que eu estava dizendo, Hongjoong, é que ele não é uma pessoa do mal.

       Hongjoong deu de ombros. -Continuo não gostando dele.

        Seonghwa apareceu na sala com um balde de pipoca em mãos. Ele usava novamente suas roupas coloridas e femininas, um charme e tanto.

         -O que aconteceu?

         -Terminou. -Hongjoong apontou com o polegar para Yeosang. -O Yunho deve estar tentando comer ele, daí o trouxe aqui.

          Yeosang corou, o Jeong deu um tapa no ombro do namorado, que reclamou e devolveu a provocação.

-Vocês distorceram muito minha imagem. Eu não sou um atirado.

Seonghwa, Hongjoong e Yeosang se entreolharam, o Park perguntou, quase confuso:

-Não é?

Yunho revirou os olhos. Ele abraçou Yeosang pelos ombros e o trouxe pra perto. Seonghwa parou na frente deles e deu um pulinho, ajeitando sua boina rosa.

-Vamos animar esses ânimos! O que vocês acham de assistirmos Barbie?!

Hongjoong esperneou e reclamou, dizendo que todo sábado eles assistiam a mesma coisa, e aquele dia era sexta, eles tinham que mudar. Seonghwa não deu ouvidos e continuou colocando seu filme da Barbie.