Capítulo 2: Pela Ordem

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Pela Ordem

Carlão: Eu vou te arrebentar! — avançando como uma fera indomável em sua direção.

Loritta calmamente guarda sua arma no coldre de cintura, enquanto fita o bot. — Tal qual um cachorro, ele corre de quatro, como uma besta que havia sido liberada de sua gaiola. Com seus punhos fechados, uma grande pressão era exercida, puxando e empurrando a areia que ousava tocá-los. Pequenos redemoinhos de dez centímetros se formavam em volta de seu corpo, pequenos, mas suficientes para afastar os clones digitais da bot.

Carlão: Sucumb-... — a poucos metros de Loritta, ergueu seu punho, preparado para esmagar seu crânio metálico e finalizar a luta em menos de quarenta segundos. Entretanto, devido a seu foco exclusivo na adversário, não percebeu a presença de um clone cortando a distância ao seu lado, sendo golpeado na cabeça e arremessado a trinta metros para longe. — Argh... fela uma requenguelaaa!!

Loritta: Seu linguajar é tão imundo... ele precisa ser mudado para se adequar ao público geral.

Carlão: E o seu linguajar me deixa puto! Parece até que 'tô falando com um rob-... Não pera...

Plateia: Burro.

Dubs: Uiiia! O lado do supremo já começou mal das pernas, com apenas um chute, seu representante foi para escanteio.

A plateia comenta sobre a cena, duvidando se aquele era de fato o tal "bot assassino" tão temido pelas últimas décadas. Evidentemente, percebiam sua forma descomunal, no entanto, apenas isso não serviria para lhe conferir o título.

Loritta: Vamos começar... — todos os clones se juntam ao redor dos dois, movendo-se em filas circulares, alteram suas direções aleatoriamente; formando uma roda inescapável. — Está na hora do seu julgamento final, Projeto-N: Carlão P1.

Carlão: Não ouse me chamar com esse nome ridículo de novo!

As figuras meta-digitalizadas transitavam entre azul e verde-água, seus olhos, iluminados pela chama da justiça, prontos para aplicar a sentença que sua mestra daria ao rebelde.

Viny: Uma técnica que cria cópias de entidades mortas, punidas, ou penalizadas, arquivadas no servidor central. Porém, por serem meros clones, são drasticamente inferiores aos verdadeiros. Nem mesmo com a minha melhor máquina de projeção fui capaz de replicar com exatidão os elementos inatos de um ser.

Ártico: Quem foi o "gênio" que teve a ideia brilhante de adicionar o desgraçado do Saizaki no banco de dados dela? — questionou, em um tom sarcástico.

Libélula: Fui eu. — respondeu calmamente. — Por mais que... eu o veja com maus olhos, não se pode negar como suas habilidades viriam a calhar futuramente.

Ecto: Saizaki? Infelizmente, desconheço tal pessoa, provavelmente deve vim dos tempos imemoriais. — pensou.

Ártico: Pelo menos, esse aí 'tá pianinho. Imagina a porcaria que seria aquele cara metralhando merdas pela boca.

Libélula: Só de escutar sua voz outra vez... — cerrou o punho levemente. — me dá uma pontada no peito.

Encarando os monitores do coliseu, o Supremo apenas se questionava quanto tempo este torneio duraria, ansioso para colocar seu plano em prática o mais cedo possível.

Dubs: Carlão está encurralado por diversos clones, está totalmente sem saída!

No palanque do sul, os Ticudos sentem-se apreensivos quanto ao que viria a seguir.

Banimento Final - Ato1 (Em reformas)Onde histórias criam vida. Descubra agora