Por favor
Monarca e Ferpin caminham para fora do saguão dos lutadores, deixando Vrok para trás. Dragon se preparava para ir até a sala de espera, enquanto chamava suas pelúcias, que se escondem atrás do mesmo, assim que Vrok se aproxima, mas, ainda mantendo uma distância com o mesmo.
Vrok: Só mais alguns minutos, já está quase na hora. Então, tudo pronto?
Dragon: S-Sim - Olhando para baixo. O adm rapidamente percebe sua feição triste.
Vrok: Tá tudo bem? Quero dizer...nossa, que pergunta mais idiota que fiz - Tentando se corrigir, mas não conseguindo - Foi mal, carinha. Eu não quis ser insensível.
Dragon: De boas - Disse cabisbaixo.
Vrok: Hum... - O olhar do pequeno mostrava sua profunda tristeza, com sua cabeça baixa, e balançando seus braços. Ao olhar para suas costas, via as pelúcias o chamando a atenção, dando sinais para o ruivo - Se tiver algo de errado, ou te encomendando, pode me falar - Esticando sua mãos até o demônio.
Dragon: Uh...
Vrok: Tô aqui pra isso, bom não exatamente pra isso, mas, também posso servir para isso, hehe. Como confiar em mim - Com sua presença gentil, refletindo o brilho das luzes do saguão, conquistam o pequeno.
Dragon: É que...que...eu não sei se vou ser tão forte quanto ele, e nem se vou conseguir ganhar - Começando a chorar - Eu sempre me vi como um fraco, um inútil, que nunca conseguiu fazer nada sozinho. Ele sempre esteve lá do meu lado, me ajudando, me amando...cuidando de mim, só que...agora ele não tá mais aqui! - Sentando no chão - Eu não vou conseguir, sou só uma criancinha fraca, e assustada.
Vrok: Ah, Dragon... - Se aproximando levemente do mesmo, ajoelhando-se - O que você está sentindo, é algo horrível, e que talvez eu não consiga entender completamente, afinal de contas, eu sou um inútil também, hehe - O pequeno ouve o que o adm estava falando, sentindo suas emoções - Eu nunca tive nenhum amigo de verdade ao meu lado, e nem conseguiria, passei a minha vida toda trabalhando como um simples serviçal para os adms, eu nunca tive paz, nunca tive alguém que me entendesse...
Dragon: Senhor Vrok...
Vrok: Mas eu nunca me abalei por isso, sabe por quê?
Dragon: Não, como? - Ainda com sua cabeça levemente abaixada.
Vrok: Esperança, e determinação. Sempre me mantive esperançoso por uma saída daquela mer- digo, porcaria, que talvez um dia, eu seria livre. E também, mesmo que alguém nunca viesse ao meu resgate, continuei determinado que um dia, me tornaria forte, e assim, seria capaz de fugir deles, e talvez, conseguiria conquistar uma vida, mas, uma vida de verdade dessa vez.
Dragon: Ah... - O olhando cara a cara.
Vrok: Foi mal, acabei me soltando um pouquinho, hehe - Enxugando suas lágrimas - O que estou querendo dizer, é que por mais que esteja tudo uma mer- digo, uma porcaria, mantenha-se firme, com a sua determinação, aposto que vai conseguir acabar com qualquer um que vir. acredite em mim, você não é inútil, cada um tem o seu valor nesse mundo, por menor que seja, você importa - Dragon olha para o ruivo, admirado com suas palavras - E também não precisa ser forte como eles, seja seu próprio pilar, e evolua até se superar. E quando estiver no topo, não deixe que nenhum outro te derrube - Lhe dando a mão - Jamais deixe apagarem a chama da esperança dentro de você - Em menos de um segundo, Dragon dispara na direção de Vrok, lhe abraçando - Argh...essa não, ele tá colado em mim - Pensou, amedrontado, porém, nada aconteceu - Ué? O Monarca disse que era perigoso ficar perto dele, mas, não tá rolando nada - Ao perceber que não havia nada de ruim, retribuiu o abraço do pequeno demônio, e assim como Crock, lhe fez um cafuné em sua cabeça.
Dragon: O-Obrigado, senhor Vrok - Chorando, todas as pelúcias se aproximam, os fechando em um grande abraço.
Vrok: Tá tudo bem, eu aposto que vai se sair bem na luta, carin- digo, Dragon...você vai conseguir.
Após alguns segundos, a pulseira de Vrok apita, indicando que a luta estava prestes a começar. Se levantando as presas, e alertando-o.
Vrok: Ok, hora de ir - Caminhando até a porta - Vamos? - Perguntou a ele.
Dragon: Okey - Suas pelúcias o seguem por trás, lhe dando as mãos, e andando juntos como uma fila indiana. Ao caminharem pelo corredor, o pequeno faz uma pergunta - Senhor Vrok?
Vrok: Sim?
Dragon: Pode segurar minha mão até lá? - Enquanto o olhava, com seus imensos olhos - Se estiver tudo bem, é claro.
Vrok: Ah...bom, por tudo bem - Agachando levemente, lhe dá a mão, o guiando até a sala de espera.
Dragon: Senhor Vrok?
Vrok: Sim, Dragon? - Perguntou.
Dragon: Obrigado...
CREDITOS
HISTÓRIA: FERPIN e DRAGON
ARTE: DRAGON
PREVIA DO PRÓXIMO CAPÍTULO
Quando o grupo se junta em uma fogueira, contos e lendas vieram a tona.
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Banimento Final - Ato1 (Em reformas)
FantasíaEm um universo governado pela mão suprema do imperador Libélula, uma hierarquia é fundada para ditar o seguimento das coisas. Por debaixo dos panos, está escondida a verdade de todas as mentiras contadas ao longo dos milênios, e caberá aqueles poder...