Capítulo 61: Sapo Trovão

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Sapo Trovão

Ecto: Em memória a todos que se foram, sejam nossos amigos, inimigos ou aliados...lhes deixo uma bela vista, em um lindo e calmo ambiente.

Nas partes mais acima do prédio, onde um grande vitral permitia a entrada da luz das estrelas próximas, há uma grande sala, na qual é lotada de plantas e árvores das mais variadas cores e tamanhos, e um pequeno lago artificial. Chamado de jardim dos caídos, era cuidado por Ecto, o ticudo diplomata, que insistiu para que fosse construído um local onde se homenageasse os lutadores mortos.

Espalhado ao longo dos cem metros quadrados, cinco lápides, representando cada um deles. Aos pés de Ecto, a sexta lápide era colocada, prestando homenagem a um dos maiores gênios que já pisaram no multiplano.

Ecto: Uno, infelizmente, não nos conhecemos muito bem. Maior parte do tempo você estava ocupado com suas explorações, e eu, com as papeladas - Apertando seus punhos - Se eu soubesse disso...se tivesse me contado, talvez...eu teria me juntado a você - A caracteristica mais notável no jovem ticudo, eram suas lágrimas, que caiam o tempo todo - Tantas coisas que vi por aqueles papéis, tantas...atrocidades cometidas a povos inocentes. E queria tanto poder ter ajudado em algo - Abaixando sua cabeça, enquanto as gotas caiam sobre as lápide.

?: Você também está ajudando bastante...Ecto - Uma voz feminina surgiu no ar, se aproximando do ticudo, que virava para ela, tentando enxugar suas lágrimas, mesmo sabendo que elas jamais cessariam.

Ecto: Obrigado pelas palavras, senhorita Tatsumaki. Porém, sei muito bem como sou um completo inútil nessa história toda.

Uma mulher de aparência jovial e estatura levemente baixa se sentou ao lado de Ecto, seus cabelos ruivos e encaracolados estavam perfeitamente encaixados naquela vivida natureza da sala. Uma das maiores guerreiras, e membra dos ticudos originais, formados há quase noventa bilhões de anos atrás, Tatsumaki, a dama espiratica.

Ao lado de Ecto, o ajuda a manter a natureza saudável, usando de seu poder da espiral, moldando o solo ao estado em que os nutrientes sejam perfeitamente balanceados e mandados para as raízes.

Ecto: As lápides que o senhor Kaua esculpe, são sempre as mais bonitas. Porém, fico triste por terem sido feitas para nossos amigos.

Tatsumaki: Eu até esperava que o irresponsável do Vitor fosse morrer em algum momento, mas o Crock...ainda não caiu a ficha para mim. Só de pensar que todos os momentos que tivemos juntos, memórias tristes e felizes, quando nos tocamos pela primeira e última vez... - Começando a chorar - Eu...nunca mais poderei tocar aquele lindo e doce rosto.

Ecto colocava a mão sobre o ombro da dama, que sentia sua tristeza aos poucos se esvaindo, suas lágrimas eram engolidas pelos olhos do ticudo, absorvendo todo aquele sentimento negativo.

Tatsumaki: Obrigada, entretanto, você não precisava sentir essa dor por mim.

Ecto: Está tudo bem, afinal, assim posso ao menos me sentir culpado...e talvez, ser um pouco útil.

Ambos caminhavam pelo jardim, passando pelos túmulos enquanto conversavam. Ao perguntar sobre os velhos tempos, e como eram juntos, a dama se mostrou feliz pela pergunta, abrindo um leve sorriso. Com suas palavras, encantou o jovem ticudo, ela contava como tudo era mais simples, porém, tudo parecia mais grandioso, e muito mais perigoso. Todos viviam isolados, em pequenos povoados, mas foi então que Libélula e Anne apareceram, trazendo o brilho para seus olhos, os guiando para uma terra segura e pacífica.

Tatsumaki: Eu sei que tudo era perigoso, o risco de alguém morrer por ter caído em um barranco recém formado era de uns setenta porcento. Mas, eu ainda sinto que...o universo era mais calmo, não tinham inimigos de verdade, éramos apenas desconhecidos, que aos poucos...se tornaram melhores amigos.

Banimento Final - Ato1 (Em reformas)Onde histórias criam vida. Descubra agora