Capítulo 72: Adentrando solo inimigo

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Adentrando solo inimigo

No centro de tudo, um local construído pelo império para abrigar moradores dos quatro setores do universo, conhecido como Lobby: uma plataforma de aproximadamente novecentos e oitenta e sete milhões de quilômetros quadrados. Maior do que qualquer planeta. Tão grande quanto a maior das estrelas. Dividido em pelo menos cinco mil distritos, é operado por cabeças conectadas à rede principal, que designa todas as informações para o Avner — A base de conexões que entendem-se universo afora. Uma grande torre côncava de cor esmeralda, o centro de atividades do império e a morada do imperador e seus braços direitos.

Afastado do centro, na área rural, dois pastores de ovelhas admiravam as nuvens, enquanto procrastinavam em seu serviço. No som do vento pelo mato verdejante, um ruído agudo vindo do alto os acordou. Penetrando a atmosfera, um jato dourado e vermelho ia em direção às planilhas.

— Ô, Dorivaldo, 'ocê lembra daquele feixe que passou por aqui 'otro dia?

— Rasgando os ares? Luminoso? Ah, é meu pa-...

Foram lançados juntos com os animais para longe com a passada da bola de fogo, que, ao entrar em contato com a terra, foi puxada pela gravidade, colidindo violentamente nos vales verdejantes.

— Dorivaldo do céu! S-Será que é um E.T.? Tamo de frente a um Avuador Não Identificado?!

— 'Purque essa surpresa toda, homi? Literalmente todo mundo que mora aqui é de outros planetas, Fabricio. — retrucou.

— Ah é, ô tinha me esquecido... Mas lascaste. Rápido, bó chamar os homi! — Puxando seu parceiro para dentro da fazendo, onde rapidamente telefonaram para a base de operações.

Saindo da nuvem de fumaça, o velho de vermelho correu contra os vales, e com as mãos nuas, arrancou um grande pedaço de terra, a utilizando para soterrar o demônio.

— Este é muito mais poderoso que qualquer um que eu tenha encontrado. — o sol era coberto pela montanha de terra que havia arremessado, voltando contra si. Com um bater de palmas, ele dissipou a poeira e aparou a grama. Contudo, abriu brecha para ser golpeado na barriga, segurando o vômito. — Se eu quiser vencer... — Seus pés eram enterrados, conseguindo evitar ser lançado para longe. — terei de pedir reforços!

O demônio ataca novamente, usando de seus vetores loucamente, lançando o homem de um vale para o outro. Apesar do velho estar aguentando moderadamente, seria questão de poucos minutos até perder a consciência por conta do balanço de seu cérebro.

Anatema: Malditos, eu posso senti-los! — sua nuca arrepiou, lentamente virando a cabeça para trás, conseguia ver a torre central. — Pela minha família! — Disparando rumo à base.

— Não enquanto eu estiver aqui... Spot! — o anel em seu dedo brilhou em vermelho, do pequeno cristal que havia nele, uma gigantesca corda foi tirada, laçando o demônio. A força do velho era tamanha, conseguindo segurá-lo a princípio. — Há vidas inocentes morando naquele lugar. Pretende mesmo colocá-las em risco?

Anatema: Eu perguntaria o mesmo, para todas as vidas que vocês ceifaram dos demônios. Que trataram como lixo! — Seu corpo explode em vetores, criando um tipo de esfera gravitacional em torno de si, arremessando os vales em sete quilômetros para além das nuvens.

Sem tempo para conversar, o demônio arrancou em direção a torre, destruindo tudo pelo caminho. O velho, ainda com a corda amarrada, desesperadamente tenta pará-lo, sua força era sobrenatural, cravando seus pés no chão, quase enterrava-se no solo, contudo, ainda assim não era o bastante para parar o avanço daquela besta.

Banimento Final - Ato1 (Em reformas)Onde histórias criam vida. Descubra agora