Kaolin e os Mistérios da Floresta

Capítulo 13: Piauí e suas Aventuras

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Um dia depois...

— COMO ISSO É POSSÍVEL!? — as duas garotas gritaram juntas incrédulas.

— Foi isso que ouviram, — um rapaz de mais ou menos vinte e poucos anos encarava o quinteto de adolescentes friamente — vocês estão em Teresina.

"Só poderia ser uma brincadeira de muito mal gosto.", os jovens pensaram cruzando os braços decepcionados, aquilo não era para acontecer, estar no Piauí dificultava demais a missão dos pequenos guerreiros, seria mais um dia a menos longe de descobrir o motivo das queimadas.

Se fossem analisar com muito mais calma seria dias perdidos tendo em mente que a floresta Amazônica fica do outro lado do Brasil e os jovens não estavam nem perto de chegar em Manaus quem dirá de desvendar o mistério, Koda revirou os olhos passando a mão pelo rosto impaciente e prestes a gritar com o motorista que parecia não ligar para o grupo de amigos.

— Olha aqui senhor. — Koda juntou as mãos o encarando fixamente — Meus amigos e eu não saímos de Fortaleza atoa não, eu espero que a sua empresa arrume o erro deles ao nos enviarem para Teresina, não criticando a cidade pelo contrário sempre quis conhecer, mas não era o nosso destino. — o garoto respirou fundo tentando controlar a raiva e evitando gritar, Kaolin passou a mão pelo ombro do amigo como uma forma de tentar acalmá-lo — Então é o seguinte ou você resolve esse problema, ou resolve eu e garanto que se for do meu jeito você não vai querer me ver irritado em outro nível. — finalizou com um sorriso ladino e um olhar amedrontador.

O homem engoliu em seco levando os garotos para a sala do gerente, Kaolin e os amigos sorriram surpresos para Koda e orgulhosos pelo garoto não ter perdido a razão e ter controlado seus nervos. Os jovens tentaram resolver da melhor forma possível o incidente da empresa na troca de ônibus, o que resultou em que eles iriam para Manaus próxima semana, já que todos os ônibus da empresa tinham lotado e não teria ônibus com o destino desejado pelos adolescente.

— Pense assim pelo menos teremos passagens de graça. — Tainá disse pouco otimista.

— Então onde ficaremos nesse período de 3 dias huh? — Xombari perguntou preocupado — Não conhecemos ninguém, não é como se uma pessoa brotasse aqui do nosso lado falando "Vocês estão perdidos também? Tem um ônibus saindo daqui, agora indo direto para uma cidadezinha do interior e lá tem uma pousada muito conhecida na região." — o garoto concluiu nervoso.

Uma garota de cabelos curto e regata branca sorriu aproximando-se do rapaz, o quintal não parava de reparar no delineado exótico e nas diversas tatuagens que estavam espalhadas em seus dois braços, ela era o tipo de pessoa que Koda tinha vontade de ser, ele apenas não dizia em voz alta.

— Nossa sim, eu ia perguntar isso agorinha mesmo a vocês. — sorriu meigamente — Prazer sou Samantha e bom trabalho em um pousada um pouco afastada daqui, se quiser posso levá-los até o local e vocês decidem o que vão fazer. — a mulher riu passando a mão pela testa — Desculpa, é que eu acabei escutando a reclamação que vocês fizeram ao gerente.

Os jovens se entreolharam completamente assustados, talvez eles tenham descoberto um fato muito interessante de Xombari, um provável vidente? Ou apenas um adivinhador barato?

Ou ainda pior uma sequestradora que roubaria os órgãos de cada de um e venderia no mercado negro? De toda forma a terceira opção era bem detalhada e pouco provável ou muito provável de acontecer, mas eles apenas riram com essa possibilidade e acompanharam a mulher, Koda jogou Xombari no chão que caminhou reclamando em direção a pequena kombi azul turquesa.

Tainá e Kauê chegaram a concluir que pudessem estar sendo levados para os caminhos da morte, embora Samantha apresentasse ser uma garota doce e amigável, ela tinha boas intenções apenas havia aparecido em um momento inusitado.