MY MIND- MATIAS ROJAS &YURI ALBERTO⚣

°RG 1°

Ｅｍｏçõｅｓ ａ ｆｌｏｒ ｄａ Ｐｅｌｅ- Capitulo 1
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•| Yuri Alberto. ~Cor X Fla~ 25/05-RJ
"Lembranças"
Quando o juiz apita o final do jogo, meus olhos se enchem de lágrimas, enquanto os outros jogadores vão parabenizar os do Flamengo e agradecer à torcida. Mas eu? Eu me sento perto do gol do Flamengo, ouvindo a torcida gritar de alegria e a nossa torcida gritar o nome do Roger sem parar. Enrolo meus braços em torno do joelho e apoio minha cabeça nele, lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Cássio chama minha atenção quando passa perto de mim, ele se agacha e encosta nas minhas costas.

- Desculpa aí, viu. A culpa foi minha - diz Cássio, dando tapinhas nas minhas costas e tentando levantar meu rosto.

- A culpa foi minha, Cássio. Você jogou muito bem, estava cansado - minha voz sai fraca e sem energia - Eu perdi mais de três gols, droga.

- Yuri, você jogou bem, só perdeu algumas oportunidades, isso acontece - ele consegue me levantar - Vamos para o vestiário logo, antes que chamem nossa atenção.

Lá estava eu, com o rosto vermelho, dentro do vestiário do Flamengo. Roger estava conversando com Maycon, Fagner e mais alguns jogadores, enquanto o técnico dava orientações.

Sento-me na minha parte designada do vestiário, tiro minha camisa e a uso para secar meu rosto.

Eu estava tão vermelho que parecia que eu jogava pelo Flamengo, mas depois desse jogo, parece que eu quis a derrota do Corinthians...
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𝚈𝚞𝚛𝚒 𝙰𝚕𝚋𝚎𝚛𝚝𝚘- SP

CT- Sport club Corinthians paulista
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Centro de treinamento.

Luxa pegou pesado conosco hoje, voltamos apenas um dia antes do jogo contra o Fluminense. Finalmente, estaremos livres pelo resto da semana.

Desde ontem, não falo diretamente com ninguém. Fiquei calado durante todo o treino. Não sei o que poderia dizer, sinto que todos estão bravos comigo. Ontem, Roger me xingou em campo quando perdi o gol mais fácil de se fazer. Ele ainda deve estar furioso.

Sou o último a sair do banho, como sempre. Tento me vestir o mais rápido possível. Só quero ir para casa e ficar em paz, com a Isa, com minha família, sem pensar no que aconteceu ontem.

Embora pareça que eu não goste, na verdade, aprecio ficar sozinho. É quando coloco meus pensamentos em ordem, choro internamente e encontro alguma paz. Tiraram jogadores melhores que eu para me contratarem, pagaram muito por mim, e ainda assim cometo essas merdas. Que desgraça.

Hoje saímos do treino tarde, eu estava exausto, só queria deitar e descansar. Pego a chave do meu carro que estava no bolso e o abro com o botão automático. Jogo minhas coisas no banco do passageiro e entro no carro. Estava tão cansado que mal sabia como chegar em casa. Ligo o carro para iniciar essa jornada (Ah Yuri, por que chamá-la de jornada?). O caminho até minha casa é extremamente longo.

Começo a dar ré para sair do estacionamento e, ao olhar pelo retrovisor, vejo Guedes atrás do meu carro. Paro imediatamente, por pouco não o atropelo.

- Quer me matar, seu desgraçado? Já me matou ontem e quer me matar hoje também? - Guedes grita do lado de fora e corre em direção à porta do passageiro.

Eu encaro fixamente o volante, "você me matou ontem" - essa frase que ele disse, doeu. Doeu tanto. Continuo encarando o volante até ouvir a porta se abrir. Olho para Guedes, que está com um sorriso no rosto e segurando uma bolsa.