XXI - VINTE UM

287 35 74
                                    

(Retirei para fazer uma correção de erro, dessa porcaria de travessão que não esse inferno. Ainda me pergunto O QUE eu errei. Desculpa o incômodo)

*

- O que ela é sua, capitão? - perguntou Sasha, engolindo em seco. Apesar de achar necessário eliminar pessoas que desperdiçam comida, especialmente batata, achou que exagerou.

Levi lançou um olhar furioso para Sasha, que rapidamente se recolheu em sua cadeira caixote. Quando Connie tentou abrir a boca para fazer uma pergunta, Levi se voltou para ele, franzindo a testa e erguendo as sobrancelhas, fazendo com que Jean fechasse a boca com um estalo, optando por não fazer sua pergunta. A vontade de Levi era de dar uma surra em cada um deles, mas a lembrança de ter acertado um soco no rosto de Jade o fez reconsiderar. "Não posso falar nada, mas ai deles se eu pudesse", pensou ele.

Os olhos de Levi permaneciam fixos em Jade, que não reagia a nenhum estímulo externo, apesar de aparentar estar bem. O veneno, aparentemente, agia como um sonífero para ela, algo que certamente seria fatal ou causaria sequelas graves para alguém que não fosse um Ackerman.

- Eu...! - interrompeu Armin, com a voz baixa. - Eu sabia que de alguma forma ela não era estranha, desde o primeiro momento que a vi... Eren era fã daquele grupo!

- Ela é famosa?! - os olhos de Jean brilharam, finalmente conhecendo alguém famoso que não fosse o insuportável do Eren. Claro, havia também o capitão Levi, mas ele era arrogante demais para caber em pouco espaço.

- É difícil alguém do Reconhecimento ser famoso - respondeu Armin. - As pessoas acham que somos suicidas. Mas Eren era fanático por eles, principalmente porque na época em que entraram, o Reconhecimento evoluiu de uma forma extraordinária! Encheu todos de esperança, e Eren queria mais do que nunca ingressar na Divisão. Pena que um dia...

Mikasa franziu a sobrancelha, lembrando-se de quanto Eren falava daquele grupo. Não pôde deixar de sentir algo desconfortável dentro do peito.

- Deem o fora daqui! - mandou Levi, irritado com o tumulto.

- Ela é o quê para você?!! - Jean não resistiu e disparou, sua voz mais potente do que a de Levi. Não imaginava que alguém pudesse fazer Levi mudar de expressão; só poderia ser alguém muito especial. - É a sua irmã?! O tamanho denuncia!! SIM, É ISSO!

Levi se levantou, as mãos cerradas em punho. Num instante, todos fugiram às pressas, exceto Mikasa, que saiu devagar.

Quando o ambiente ficou vazio, Levi puxou o lenço de seu colarinho e pressionou suavemente no nariz de Jade, que escorria sangue. A flecha já havia sido retirada por ele, e o curativo estava feito.

- Me perdoe - sussurrou Levi, afastando os fios de cabelo dela da testa e colocando-os atrás da orelha com delicadeza. Seus olhos passearam por todo o rosto dela, continuava linda.

"Seria outro sonho meu?", Levi se questionava, tocando-lhe os cabelos, quase com afeição. "Impossível..."

Um cochicho e risos tiraram Levi de seu momento, que virou o rosto para trás. Ver as crianças assistirem seu momento mais vulnerável fez ele tirar a mão de Jade e voltar a olhar para frente, a testa franzida, moderadamente desconcertado. "Esses malditos", disse ele em voz baixa, enquanto projetava seu corpo um pouco mais o lado para que ninguém visse mais nada. "Que saco".

- C-capitão... - chamou Armin, sua voz tímida ecoando no ambiente. Levi apertou os lábios, percebendo que não tinha um minuto de paz. - Hange quer falar com o senhor. Na verdade... um mensageiro.

- Manda ela procurar o que fazer. Estou ocupado agora.

- M-mas...

- Sem mas. Manda ela ir embora que depois eu vou. Já falei que isso daqui é mais importante.

BE MINE | Levi Ackerman X OcOnde histórias criam vida. Descubra agora